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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Na publicidade de sua campanha eleitoral, os marqueteiros de Cláudio Castro (PL) fazem um esforço para desvincular o nome do candidato à reeleição do governador Wilson Witzel, que teve o mandato cassado por corrupção. Então vice do ex-governador , Castro não consegue mais esconder que a corrupção continua a ser uma realidade em seu governo. A prisão de seu secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski e de outros secretários de governo abalaram a imagem de sua candidatura. O governador é investigado pelo Ministério Público Eleitoral por empregar aliados na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), acusado por abuso de poder 'político e econômico'.
O governo bolsonarista Claudio Castro gastou R$ 19,5 milhões em salários para 721 pessoas que acumularam dois ou mais cargos secretos na Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio). A corrupção começa a desmoronar o sonho de reeleição. O seu ex-candidato a vice, prefeito de Duque de Caixas Washignton Reis, foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal e teve a candidatura impugnada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Empate técnico
Os escândalos já repercutem nas pesquisas de opinião. No levantamento do Data Folha divulgado na última quinta-feira (15), Castro (PL) empacou com 31% da preferência do eleitorado e Marcelo Freixo (PSB) cresceu um ponto percentual e está em empate técnico com 27%. O terceiro colocado é o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), que também cresceu um ponto.
“Pelas denúncias divulgadas por toda a imprensa, o orçamento secreto em nível federal de Bolsonaro tem sua versão estadual com Claudio Castro em uma situação ainda mais grave do uso do dinheiro público com intenção eleitoreira. Sem falar na corrupção que, segundo investigações do Ministério Público, está no cerne deste governo e a população começa a perceber isso. O Rio de Janeiro não suporta mais um erro no voto. É preciso derrotar Castro e o bolsonarismo e recuperar o estado do Rio”, explica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção. O sindicalista lembra que o estado sofre uma crise que já perdura por anos, o que levou os governadores Sérgio Cabral, Antony Garotinho e Wilson Witzel a serem presos. A corrupção parece permanecer no atual governo e Castro não pode negar que é a continuidade do governo de Witzel.