EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Não é de hoje que o presidente Jair Bolsonaro (PL) comete crime de racismo em suas falas e discursos, bem como expressões preconceituosas contra mulheres e LGBTQs. N a última segunda-feira (12), o candidato a reeleição voltar a cometer racismo ao se referir a um dos apresentadores, que é negro, durante participação do pool dos podcasts Dunamis, Hub, Felipe Vilela, Positivamente, Luma Elpidio e Luciano Subirá.
"Você é afrodescendente?", questionou o presidente. "Eu sou", respondeu o apresentador Felipe Vilela.
"Tu é meio escurinho. Ah, isso é crime", retrucou Bolsonaro, em tom de ironia. "Não ouviu falar que eu era racista, não?", completou.
Bolsonaro ainda fez piada de mal gosto com o apresentador Teófilo Hayashi, chamando-o de "japa".
“Está muito claro o posicionamento do atual presidente. Enquanto discutimos diversidades e ampliamos a luta contra o racismo, Bolsonaro insiste em estimular o preconceito racial no país, afinal, é um chefe de estado desqualificado e não merece o menor respeito da sociedade e nem o cargo que ocupa”, disse o Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Almir Aguiar.
O Sindicalista lembrou que as frases racistas não são uma falha para que ele venha a se desculpar depois, como fez recentemente em respeito aos mortos pela covid-19, mas uma prática contínua.
“Ele sempre repete frases de cunho racista e isto é crime. Vamos avaliar medidas jurídicas para processar, mais uma vez, o presidente”, acrescentou Almir.
O artigo 20 da Lei 7.716, de 1989, diz que é crime praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional". A pena é de reclusão de um a três anos e multa, que aumenta para dois a cinco anos, quando praticado por intermédio de meios de comunicação ou publicações.