EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Ao avaliar a campanha nacional dos bancários é preciso olhar o passado, observar o presente e analisar as perspectivas de futuro. O passado recente nos faz perceber que a campanha se iniciou ainda sob os impactos da pandemia onde a atuação do Comando Nacional possibilitou a preservação de muitas vidas ao colocar em Home Office parte significativa dos bancários e bancárias, pois nosso entendimento é de que a vida vale mais do que o lucro. Mas essa medida, embora fundamental, significou a diminuição temporária da capacidade de organização e mobilização de parte da categoria. As profundas mudanças que vêm ocorrendo no sistema financeiro se aceleraram e os bancos aproveitaram a pandemia para isso. O fato é que há mais um desafio presente e futuro ao Sindicato, que é o de interagir, organizar e mobilizar os bancários e bancárias nesses novos tempos onde o Teletrabalho e a digitalização dos bancos ganha força na categoria. Temos a certeza que o Sindicato saberá enfrentar mais esse desafio.
A estratégia do Comando Nacional de persistir nas negociações mais uma vez se mostrou acertada já que havia o risco de abandono da mesa única por parte dos bancos públicos. É importante lembrar que em meio às negociações aconteceu o ato em defesa da democracia onde a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) aprovou a assinatura da nota, porém os representantes dos bancos públicos se opuseram.
Há polêmicas em relação ao acordo que precisam ser enfrentadas. O período do acordo se de um ou dois anos é uma delas. Em relação ao período de duração do acordo entendemos que não é uma questão de princípio, mas sim de uma visão estratégica. No caso recente dos dois últimos acordos se mostrou acertado fazê-lo por dois anos, garantindo aos bancários e bancárias a chegada ao final do governo Bolsonaro/Guedes sem perder direitos conquistados, frutos de muita luta ao longo de décadas.
A questão da recomposição salarial da inflação também merece uma reflexão, pois em relação ao índice de reajuste ainda que tenha uma perda inflacionária de 0,83%, no somatório do acordo há um ganho em relação à massa salarial que supera a inflação do período para boa parte da categoria que tem salários até R$ 15 mil e garantimos que em setembro de 2023 teremos a reposição da inflação com aumento real.
Mais uma vez você bancário e bancária é convocado a tomar em suas mãos os destinos de nossos direitos. O sindicato tem feito a sua parte, mas agora nos aproximamos de um período em que sem você nada muda. É preciso que haja um novo comando no Governo Federal e que seja eleito um governo que estabeleça diálogo com a classe trabalhadora, que reveja as medidas que nos foram prejudiciais e que ameaçam nossos direitos. Para isso não temos dúvidas em dizer que é preciso dar um basta ao Governo Bolsonaro.
Não basta dizer não, pois a hora é de afirmação de projetos e para isso é preciso dizer o quanto importante é a eleição de Lula, o candidato alternativo ao que está aí e que realmente tem chances de derrotar esse projeto de destruição que está em andamento.
José Ferreira
Presidente do Sindicato
dos Bancários do Rio