Segunda, 12 Setembro 2022 19:35
A POLÍTICA DO ÓDIO

Bolsonarista mata e tenta decapitar eleitor de Lula com 15 facadas

Benedito Cardoso dos Santos é mais um brasileiro assassinado este ano por motivação política e seu colega de trabalho, Rafael de Oliveira, está preso

Benedito Cardoso dos Santos, de 45 anos, é mais uma vítima da política do ódio da qual o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) faz apologia desde sempre. O trabalhador assassinado era defensor da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Brasil nas eleições 2022 e foi brutalmente assassinado por seu colega de trabalho Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, mais um fanático bolsonarista. O crime, cometido na última quarta-feira, 7 de setembro, teve motivação política e Rafael confessou à polícia ter dado ao menos 15 facadas na vítima. Os dois moradores de Confresa, cidade a cerca de mil km de Cuiabá, no Mato Grosso, travaram uma discussão sobre as eleições polarizadas. Oliveira disse à polícia que teria levado um soco e que também tentou “decapitar a vítima com um golpe de machado”.
O autor do crime está preso e foi transferido na sexta-feira (9) para um presídio do Porto Alegre do Norte. Segundo a polícia, o jovem bolsonarista tem passagens na polícia por estelionato e tentativa de estupro.
A vítima, que era eleitor de Lula, não tinha passagens pela polícia.
Este não é o primeiro crime cometido por bolsonaristas por motivo político nestas eleições. Em 9 de julho, o petista Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos e pai de quatro filhos, foi assassinado a tiros por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Jorge José da Rocha Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR).
“Precisamos resgatar nestas eleições, a paz, o respeito às opiniões divergentes e a democracia", disse Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e diretor do Sindicato dos Bancários do Rio.  

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