Sexta, 09 Setembro 2022 15:20
A POLÍTICA DO ÓDIO

Bolsonarista mata e tenta decapitar eleitor de Lula com 15 facadas

Benedito Cardoso dos Santos é mais um brasileiro assassinado este ano por motivação política e seu colega de trabalho, Rafael de Oliveira, está preso .
Jair Bolsonaro, em uma de suas reações de ódio político usa pedestal de câmera como se fosse uma arma e diz em discurso à militantes que é preciso 'metralhar os petralhas' Jair Bolsonaro, em uma de suas reações de ódio político usa pedestal de câmera como se fosse uma arma e diz em discurso à militantes que é preciso 'metralhar os petralhas'

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Benedito Cardoso dos Santos, de 45 anos, é mais uma vítima da política do ódio da qual o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) faz apologia desde sempre. O trabalhador assassinado era defensor da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Brasil nas eleições 2022 e foi brutalmente assassinado por seu colega de trabalho Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, mais um fanático bolsonarista. O crime, cometido na última quarta-feira, 7 de setembro, teve motivação política e o Rafael confessou à polícia ter dado ao menos 15 facadas na vítima. Os dois moradores de Confresa, cidade a cerca de mil km de Cuiabá, no Mato Grosso, travaram uma discussão sobre as eleições polarizadas. Oliveira disse a polícia que teria levado um soco e que também tentou “decapitar a vítima com um golpe de machado”.

O autor do crime está preso e vai ser transferido na tarde desta sexta-feira (9) para um presídio de Porto Alegre do Norte. Segundo a polícia, o jovem bolsonarista tem passagens na polícia por estelionato e tentativa de estupro.

Os dois envolvidos no episódio trabalhavam juntos no corte de lenha na zona

A vítima, que era eleitor de Lula, não tinha passagens pela polícia.

Mais uma vítima

Este não é o primticaeiro crime cometido por bolsonaristas por motivo político nestas eleições. Em 9 de julho, o petista Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos e pai de quatro filhos, foi assassinado a tiros por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Jorge José da Rocha Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR).

A oposição acusa o presidente Bolsonaro de fazer apologia do ódio e da violência, o que de fato é verdade.

“O Brasil está perto de se livrar dessa política que defende a liberação de armas para a população e faz apologia da violência. Bolsonaristas radicais estão desesperados, o que preocupa a todos que defendem a paz, o respeito às opiniões divergentes, a democracia e a vida. Precisamos dar um basta nesta política do ódio através do voto”, disse Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e diretor do Sindicato dos Bancários do Rio. O sindcalista acredita que Lula precisa reforçar a sua segurança a medida que as pesquisas confirmam a sua liderança na disputa pelo Palácio do Planalto.

Políticos da oposição conderam o assassinato e criticaram por Bolsonaro por seu discurso de ódio ao PT e a Lula. 

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