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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Campanha Nacional dos Bancários 2022 foi marcada como uma das mais difíceis da história, com os bancos seguindo a linha política do governo Bolsonaro de retirada de direitos e arrocho salarial. A bem da verdade, a categoria não conquistou tudo o que merece e que os bancos poderiam muito bem pagar. No entanto, diante de uma conjuntura política e econômica tão adversa, bancários e bancárias podem, sim, celebrar a preservação de direitos e a nova Convenção Coletiva de Trabalho, bem como os acordos coletivos específicos, como no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal.
Os acordos têm validade de dois anos e vigência até 31 de agosto de 2024.
A luta continua
O presidente do Sindicato do Rio José Ferreira lembrou que na mesa de negociação o Comando salvou muitas vidas na pandemia, ao garantir o home office, mantendo os bancários em casa, em particular aqueles que tinham comorbidades. Acrescentou ainda que depois de longas lutas os bancos aceitaram criar um grupo de trabalho sobre assédio moral que a partir do início de 2023 vai debater a regulação das metas e sua relação com o assédio.
“Nossa luta vai continuar, não só na mesa de negociação, como, agora, já no início do ano, quando queremos discutir o reajuste da tabela do imposto de renda que significará reduzir a tributação paga à receita federal pelos bancários e demais trabalhadores”, disse, destacando que é preciso continuar também a luta contra a privatização e pela valorização do papel social dos bancos públicos.
Quando sai a PLR?
Assinados a CCT e os acordos coletivos na última sexta-feira (2), em São Paulo, o próximo passo está dado: O Sindicato e o Comando Nacional da categoria cobram o pagamento da primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mais uma conquista da luta coletiva dos bancários.
“Numa crise econômica profunda como a que vivemos a antecipação da PLR é uma necessidade e estamos cobrando para que os bancos efetuem o pagamento o quanto antes”, avaliou a vice-presidenta do Sindicato do Rio Kátia Branco.
Os novos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) dos funcionários do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste e dos empregados da Caixa Econômica Federal também foram aprovados na quinta-feira (1), em assembleias realizadas nacionalmente. Os funcionários do BNDES têm nova mesa de negociação nesta terça (6), às 15h.
O BB pagou, na segunda-feira (5), a antecipação da PLR (Confira informações em tempo real, em nosso site: www.bancariosrio.org.br). A Caixa confirmou a primeira parcela, inclusive a PLR Social, para esta sexta-feira (9). O Santander só credita a PLR e PPRS no dia 30/9. Bradesco e Itaú não haviam confirmado a data até o fechamento desta edição.
“Conseguimos superar todas as dificuldades na mesa de negociação: um índice maior no aditivo da PLR, um reajuste maior no tíquete-alimentação e refeição, além da instituição de uma cláusula do teletrabalho com garantias acima do que é previsto em lei. Também conquistamos uma cláusula prevendo o combate ao assédio sexual, uma nova cláusula muito importante”, destacou Adriana Nalesso, presidenta da Federação Estadual das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro (Federa-RJ).[
Principais índices (Fenaban)
Reajuste salarial
2022 2023
8% de reajuste........................................................INPC + 0,5%
Tíquetes (VA e VR)
2022 2023
10% de reajuste......................................................INPC + 0,5%
Adicional de R$1000 (VA)
2022 PLR 2023
Corrreção pelo INPC e 13% no teto do adicional...INPC + 0,5%