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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
“O Brasil e o mundo olham com extrema preocupação para a devastação crescente da Floresta Amazônica em função da política do governo Bolsonaro de estímulo ao desmatamento deste bioma que é importante, não só para o Brasil, mas para todo o planeta. Infelizmente não há o que celebrar neste dia 5, Dia da Amazônia”, lamentou Cida Cruz, diretora da Secretaria de Meio-Ambiente do Sindicato.
A área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos, de acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). De agosto de 2021 até julho deste ano – quando começa e termina, respectivamente, o calendário de monitoramento do SAD – foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.
“Precisamos sair desta situação dramática, perigosa, dar um salto, e para dar este salto precisamos primeiro tirar do poder este governo, nas eleições, dizer, nas urnas, como nas ruas, fora Bolsonaro. E reconstruir o nosso processo interno de interação sociedade, meio-ambiente e produção”, defendeu a dirigente.
Em apenas quatro dias deste mês de setembro, o número de focos de incêndio já corresponde a 70% da quantidade registrada em setembro de 2021. São 12.133 focos contabilizados até o último domingo, contra 16.742 registrados em todo o mês de setembro de 2021.
Data para reflexão
O Dia da Amazônia é sinônimo de reflexão e uma oportunidade para que os olhares de todos sejam direcionados para a maior floresta tropical do mundo, que cobre quase 50% do território brasileiro e tem um papel fundamental na regulação do clima. Foi criado em 2007 pelo governo Lula.
Para Cida, este é um dia triste em função do desastre causado pelo governo Bolsonaro. “Não se pode pensar meio-ambiente saudável sem a preservação da mais importante floresta do planeta que é a Floresta Amazônica, esse bem tão importante para a população brasileira e toda a espécie humana que vem sendo dizimada”, advertiu.
Bolsonaro na contramão do mundo
Lembrou que outros países avançaram na defesa do meio-ambiente, na criação de leis de proteção à fauna e flora, de punição das empresas que não respeitam as legislações ambientais e o Brasil fez o contrário: andou para trás, rasgando os direitos das populações indígenas, quilombolas, ribeirinhas e desmontando toda a estrutura de proteção do meio-ambiente.
O governo Bolsonaro andou completamente na contramão. Segundo Cida Cruz, a discussão na sociedade deve ser sobre a urgência de se pensar na qualidade de vida das pessoas que vem da união entre a natureza, os seres humanos, e os direitos sociais. Essas três coisas, afirmou, têm que andar juntas daqui para a frente, mais do que nunca.