Segunda, 05 Setembro 2022 20:06
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Conjuntura adversa confirma importância dos sindicatos na vida do trabalhador

Se não fosse a pressão do movimento sindical com campanha nas redes sociais, locais de trabalho e nas mesas de negociações, direitos estariam ameaçados

Sempre que a categoria bancária enfrenta o jogo pesado dos bancos, setor mais lucrativo do país, na hora de negociar o reajuste salarial e a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), fica ainda mais evidente a importância do Sindicato na vida dos bancários e bancárias, como para qualquer trabalhador. E fica claro também que num governo que só vê o lado dos patrões, como no atual governo Bolsonaro, é ainda mais difícil conquistar aumento real e preservar direitos.
“A categoria demonstrou unidade, resistência e dignidade nesta campanha nacional. Após uma negociação dura, que varou a madrugada e os bancos insistindo em retirar direitos e impor propostas indecentes, conseguimos reverter o jogo, preservando nossas conquistas e elevando os índices, garantindo a Convenção Coletiva de Trabalho e os acordos específicos. Mais uma vez está demonstrado o quanto os sindicatos são relevantes na vida do trabalhador”, avaliou o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira.

Sindicatos e desenvolvimento

Os países que possuem os maiores índices de trabalhadores sindicalizados estão entre alguns dos que apresentam o melhor desempenho no ranking do IDH – índice de Desenvolvimento Humano – no mundo, que é o caso dos países nórdicos, como Noruega, Suécia e Dinamarca, bem como Alemanha, Irlanda e países baixos, que possuem índices de sindicalização bem superior ao do Brasil, que ocupa, no último ranking divulgado, apenas a 79ª colocação em nível de sindicalização dos trabalhadores. A Austrália, que subiu para a segunda colocação no IDH, é exceção, mas também viu o número de trabalhadores sindicalizados crescerem junto com o seu desenvolvimento econômico e social.
A luta coletiva junto aos sindicatos contribui, inclusive, com o crescimento econômico de um país, prova disso é a campanha nacional da categoria em 2022, cujas conquistas vão injetar cerca de R$ 14,2 bilhões na economia, até o próximo acordo ser fechado, em agosto 2024. Esse montante de recursos engloba reajuste salarial e dos vales alimentação (VA) e refeição (VR), abono e Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O motivo é muito simples: quanto mais salários e demais verbas remuneratórias uma categoria conquista na luta do movimento sindical, mais dinheiro circula na economia do país.

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