Sexta, 02 Setembro 2022 20:09

Assinados acordos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal

Em primeiro plano, João Fukunaga da CEBB participa da cerimônia de assinatura dos acordos do BB e Caixa e da CCT Em primeiro plano, João Fukunaga da CEBB participa da cerimônia de assinatura dos acordos do BB e Caixa e da CCT

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Imprensa SeebRio

Logo após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho foi a vez dos acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, também em São Paulo. Além de manter direitos, o novo ACT do BB obteve avanços importantes, sendo o principal deles a revisão da tabela PIP, da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), que impactará em mais recursos à aposentadoria dos trabalhadores do BB. A primeira parcela da PLR será paga na segunda-feira (5/9) pelo BB e no dia 9, pela Caixa.

O ACT dos empregados da Caixa também prevê a manutenção de todos os direitos. Traz ainda avanços importantes, como o acordo de teletrabalho e a criação do grupo para discutir as condições de trabalho. Rogério Campanate, diretor do Sindicato e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), considerou a estratégia da mesa única mais uma vez acertada.

“Ainda que não tenhamos conseguido aumento real todos os anos, os empregados dos bancos públicos não foram submetidos a anos de reajuste zero, como na era Fernando Henrique Cardoso e resistiram aos ataques aos direitos dos trabalhadores dos governos Temer e Bolsonaro, mantendo os direitos dos nossos acordos coletivos”, observou. Acrescentou ter sido fundamental ainda a garantia do registro de ponto aos empregados em teletrabalho. “A categoria bancária é uma referência na luta dos trabalhadores brasileiros”, ressaltou.

ACT do BB

Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), avaliou que a assinatura do acordo consolida a manutenção dos direitos conquistados ao longo de muitos anos. “Numa conjuntura completamente adversa, tanto do ponto-de-vista político, quanto dos bancos, que jogaram muito duro, conseguimos uma importante vitória que foi manter os direitos”, avaliou.

“Essa campanha foi bastante difícil. O banco ameaçou tirar direitos e o mais impactante seria a redução dos ciclos avaliatórios da GDP de três para apenas um, uma ameaça de descomissionamento”, disse. Outra conquista foi garantir o debate de temas importantes nas mesas permanentes como teletrabalho, a própria GDP, questões relativas ao PSO, CRBBs, temas que não puderam constar em cláusulas neste momento.

“No ACT do Banco do Brasil, trouxemos um avanço muito importante que era cobrado desde 1998 nos congressos de funcionários, que é a possibilidade de alteração da tabela PIP. É um incremento na reserva matemática individual, pensando no benefício futuro”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. 

 

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