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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
Foram dois meses e meio de uma das mais duras negociações da história dos bancários e, finalmente, na madrugada desta quarta-feira (31), o Comando Nacional dos Bancários arrancou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) uma proposta para 2022 e 2023. Para este ano, a categoria terá reajuste de 8% nos salários, aumento de 10% nos vales alimentação (VA) e refeição (VR), além de um adicional de R$ 1.000,00 em vale alimentação, a ser creditado até outubro de 2022. A proposta também prevê reajuste de 13% para a parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) neste ano e, para 2023, aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) para salários, PLR, VA/VR e demais cláusulas econômicas.
Assembleia hoje - Começa nesta quarta-feira, às 18h, a plenária que dará início à assembleia que vai avaliar e votar as propostas dos bancos e a votação, feita através do aplicativo VotaBem, vai até às 19h desta quinta-feira, 1º de setembro. A inscrição pode ser feita clicando no link abaixo do texto ou no pop-up aqui no site.
“Diante de uma conjuntura das mais difíceis e de negociações desgastantes, que entraram pela madrugada, finalmente conseguimos arrancar uma proposta dos bancos e preservamos direitos com a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Em nossa avaliação, o melhor caminho é a aprovação da proposta da Fenaban”, avaliou o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira, que esteve nas reunião com os representantes dos bancos junto com a presidenta da Federa/RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Adriana Nalesso.
Conjuntura difícil
A presidenta da Contraf-CUT (Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) Juvandia Moreira disse que, uma das boas notícias é que, com “o crescimento nos lucros dos bancos, o aumento do teto da parcela adicional da PLR garantirá maiores ganhos para toda a categoria”.
Juvandia ressaltou também a importância do acordo num momento em que todos os trabalhadores enfrentam uma das conjuntura mais adversas para a classe trabalhadora.
“Temos um governo que promove e incentiva ataques aos trabalhadores, e ainda assim conseguimos que os bancos dessem aumento acima da inflação para os vales alimentação e refeição, um dos anseios que a categoria nos demonstrou na Consulta Nacional dos Bancários. E também, pela primeira vez, conseguimos incluir uma cláusula que vai nos permitir acompanhar a cobranças de metas”, explicou.
Avanço no teletrabalho
Outro item considerado um avanço pelo movimento sindical se refere ao teletrabalho. Com uma ajuda de custo prevista na Convenção Coletiva para os bancários que continuam trabalhando em casa, que será de R$86,40.
Além da ajuda de custo, os bancos concordaram com a reivindicação de controle de jornada para todos os trabalhadores; com o fornecimento e manutenção de equipamentos e o direito à desconexão para que gestores não demandem os funcionários fora do horário de expediente, garantindo a preservação da vida privada e familiar dos bancários em home Office.
A proposta dos bancos prevê ainda a criação de um canal específico para os bancários em teletrabalho tirem dúvidas como medida de prevenção e precauções da saúde dos trabalhadores. E os empregados com filhos de até quatro anos, ou com deficiência terão prioridade para o teletrabalho, assim como as bancárias vítimas de violência doméstica, que também poderão escolher se preferem trabalhar em domicílio, ou nas dependências do banco.
Há ainda a promessa dos bancos de facilitar a realização de campanhas de sindicalização e o contato com os trabalhadores em home office.
“Será criado um grupo de trabalho (GT) bipartite para acompanhar o cumprimento desta cláusula. Conseguimos avançar garantindo direitos também para quem trabalha em casa”, comemorou a Adriana Nalesso.
Assédio sexual
Um dos itens mais relevantes reivindicados sobre a categoria é a cláusula de combate e prevenção ao assédio sexual, tema que passou a ser prioridade, especialmente em função do crescimento de denúncias desta prática, como no caso do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães, que teve de ser demitido por causa das denúncias de assédio sexual que teria cometido e que está em processo de investigação.
Os gestores e empregados passarão por treinamento para prevenção e esclarecimento sobre medidas cabíveis pelos bancos. Também está em debate a participação das entidades sindicais no canal de denúncias a ser criado, assim como o acompanhamento dos casos pela comissão bipartite de diversidade que já existe.
Assédio moral e metas
O tema será pautado na primeira reunião de negociação de 2023 dos bancos que têm comissões de empresa. Os bancos que não têm comissão de empresa devem realizar reunião específica com a representação dos trabalhadores para
Auxílio doença
Com relação ao auxílio doença previsto na cláusula 29 da CCT, os bancos queriam estabelecer que somente teria direito ao auxílio o empregado que tivesse retornado ao trabalho e trabalhado ininterruptamente pelo período mínimo de 6 meses após o recebimento da última complementação. Após reivindicação do Comando, os bancos retiraram a proposta.
Segurança bancária
A proposta dos bancos inclui a criação de um Grupo de Trabalho Bipartite Específico para avaliar os dados estatísticos relativos à segurança bancária, bem como a possibilidade de acordo acerca da adoção de dispositivos de segurança, além dos obrigatoriamente previstos no artigo 20, da Lei n° 7.102/1983. O GT também avaliará dados estatísticos relativos à segurança bancária das unidades de negócios.
Clique no link abaixo, preencha o formulário e participe da assembleia
https://us06web.zoom.us/meeting/register/tZctc--opzIrGdZrKF-mAksPTXjj8hKBsX_o%20
Valores estimados/ano de PLR (Itaú, Bradesco e Santander)