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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A pressão da categoria nas redes sociais, do movimento sindical em agências de todo o país e do Comando Nacional na mesa de negociação, fez com que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) elevasse a proposta para a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) nesta quinta-feira (25) para 100% da inflação (INPC), no entanto os bancos mantiveram a intransigência e não apresentaram uma nova proposta para aumento dos salários e demais verbas econômicas, mantendo o índice de reajuste inicial de apenas 65% da inflação. O Comando continuou cobrando uma proposta global, com aumento real dos salários.
“É lamentável termos que terminar este dia de negociações sem uma resposta sobre nossa reivindicação de aumento real e, pior ainda, saímos com a tentativa dos bancos de retirar direitos dos trabalhadores. A categoria continua sendo desprestigiada e já demonstrou diversas vezes que não aceitará retirada de direitos”, criticou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comado Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.
Fenaban frustra categoria
A postura da Fenaban frustrou a categoria, que espera que os bancos valorizem o trabalho dos bancários e bancárias, com aumento real de salários e uma proposta global digna.
Nesta sexta-feira (26) as negociações continuam e a categoria realiza assembleias virtuais em todo o país. No Rio será a partir das 18h e para participar, basta acessar o link abaixo do texto e preencher o formulário de inscrição. O objetivo é aprovar o indicativo do Comando e da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) de aprovar assembleia permanente da categoria. Pela manhã, às 11h, haverá um tuitaço com a hashtag #PaciênciaNoLimite.
O presidente do Sindicato do Rio José Ferreira fez uma avaliação do impasse criado pelos bancos e da importância da unidade e da mobilização da categoria para garantir uma proposta digna.
"A solução para esse impasse criado pelos bancos na mesa de negociação está numa ampla mobilização da categoria com a participação dos bancários e bancárias nesta assembleia de sexta-feira para pressionarmos a Fenaban a avançar nas negociações e apresentar uma proposta digna com aumento real", destacou.
Perdas da PLR
Os bancos continuam querendo compensar os valores pagos pelos programas próprios na parcela adicional da PLR. Com isso, os bancários de bancos que possuem programas próprios têm perdas diretas na parcela adicional.
Com a correção da PLR pelo INPC, estimada em 8,88%, nos bancos privados do país o percentual de distribuição na regra básica cai de 4,97% do lucro distribuído em 2021 para 4,85%. Na parcela adicional a redução seria de 1,69% para 1,67%.
“Com uma proposta de reajuste sem aumento real, com reajuste do vale alimentação apenas pela inflação geral, sem considerar a inflação dos alimentos, e retirada de direitos na PLR, os bancos jogam a categoria para a greve”, concluiu Juvandia.
A próxima reunião presencial de negociação está confirmada para esta sexta (25), a partir das 14h, em São Paulo.
Clique no link abaixo e garanta a sua participação na assembleia
https://pt.surveymonkey.com/r/AssembleiaExtraordinariaCampanha2022