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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Comando Nacional dos Bancários participa nesta quarta-feira (24), a partir das 14h, em São Paulo, de mais uma negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Na pauta, a PLR (Participação nos Lucros e R4esultados) da categoria. Apesar do tema prioritário, os sindicatos cobram uma proposta global dos bancos que seja minimamente digna para ser negociada na mesa.
“Não vamos aceitar a forma com que os bancos estão tratando bancários e bancárias, com desrespeito, enrolando nas negociações e caso a Fenaban não apresente uma proposta global decente, vamos dar uma resposta dura a partir da assembleia desta sexta-feira (26) que será realizada em todo o país”, disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira.
Os bancários reivindicam PLR com aumento real também na parcela adicional.
Na consulta nacional feita pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) junto à categoria, o reajuste na PLR foi considerado prioridade para 58% dos mais de 35 mil bancários que responderam à enquete, ficando atrás apenas das reivindicações por aumento real (92%) e aumento maior para o VA e VR (62%).
Lucros crescem mais
Apesar do acumulado do aumento real para a PLR ter sido de 126% desde 1997, os ganhos da categoria não chegam perto da alta dos lucros dos bancos, que no mesmo período foi de um crescimento real de 359%, ou seja, 2,85 vezes mais do que o valor da participação dos lucros da categoria.
“O percentual de distribuição do lucro dos bancos entre os trabalhadores foi caindo ao longo dos anos. Eles distribuíam 14% em 1995, mas em 2021, os três maiores bancos privados (Bradesco, Santander e Itaú) distribuíram apenas 6,6% em média. Nada mais justo do que a categoria reivindicar a elevação da PLR, até porque o faturamento do sistema financeiro não para de crescer e tudo à custa do sacrifício, do trabalho e até do adoecimento dos bancários e bancárias”, destacou a vice-presidenta do Sindicato, Kátia Branco.