Quarta, 17 Agosto 2022 19:07

Financeiras sinalizam com redução de direitos. Momento é de mobilização dos financiários

Negociação virtual da CCT dos financiários Negociação virtual da CCT dos financiários

Olyntho Contente

Foto e arte: Imprensa Contraf-CUT

Imprensa SeebRio

Apesar da minuta dos financiários ter sido entregue em 15 de junho, a proposta da Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) só foi apresentada nesta quarta-feira (17/8) ao coletivo que representa a categoria formado pela Contraf-CUT, federações e sindicatos. O documento apresentado contém uma série de rebaixamento de direitos, como alterações na PLR e nos auxílios creche e babá.

O diretor do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, Geraldo Ferraz, frisou que não será aceito o rebaixamento de direitos, ainda mais neste momento de alta inflação, com os preços disparando e corroendo os salários. O secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr, acrescentou que não poderão ser feitas mudanças que reduzam ou limitem os direitos, “Iremos resistir a esses ataques e lutar para defender os direitos da categoria. É importante que os financiários se mobilizem. Bora ganhar esse jogo!”, afirmou

A Fenacrefi se comprometeu a trazer as propostas econômicas de reajustes salariais e dos vales e o valor de Participação nos Lucros e Resultados no próximo encontro. “Lamentamos que a mesa de negociação não tenha trazido avanços, com os representantes patronais apresentando sua minuta, limitando direitos dos financiários”, afirmou o coordenador do Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves.

Os representantes dos financiários cobraram a definição de um calendário de negociações. A Fenacrefi se comprometeu a verificar datas com as empresas e enviar sugestões nos próximos dias. A próxima reunião ficou para quinta-feira (25).

Os representantes dos financiários também reivindicaram transparência nos dados das empresas, quantas são e qual o número de funcionários. “Precisamos saber quais são as empresas, quem representamos, por quem negociamos, pois sabemos que muita gente segue nossos acordos, mas não senta na mesa para negociar conosco. Queremos ser mais justos com a nossa representação”, disse Jair Alves.

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