Sexta, 12 Agosto 2022 19:27
MARAJÁS DO GOVERNO

General Braga Neto, vice de Bolsonaro, chega a receber R$926 mil em 2 meses de salário

Ministério Público recorre ao TCU para barrar supersalários de militares do governo federal
Bolsonaro e seu candidato a vice, general Braga Neto: supersalários colocam em cheque a ética e a moral do atual do governo  Bolsonaro e seu candidato a vice, general Braga Neto: supersalários colocam em cheque a ética e a moral do atual do governo Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Quem vê o general Braga Neto, candidato a vice-presidência do Brasil na chapa para reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) falar grosso contra as urnas eletrônicas e ameaçar as eleições deste ano e a democracia não imagina a razão de tanto desespero para continuar no poder. O supersalário, digno de marajás do atual governo, talvez explique em parte o medo dos militares do alto escalão de perder as eleições. Braga Neto faz parte de uma nata do setor público que, acumulando o soldo de militar mais os salários de cargos comissionados, de confiança do presidente da República, chegou a ganhar em dois meses, R$826 mil. Em um único mês, só de férias, o general recebeu R$ 120 mil.

A boquinha veste farda

Outros militares do governo, como Luiz Eduardo Ramos, atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência, e Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia, também receberam valores expressivos no mesmo período. Os dados são de levantamento feito pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO).

Bento Albuquerque chegou a receber mais de R$ 1 milhão no mesmo período.

A  imoralidade está sendo investigada pelo Ministério Público Federal, que recorreu ao Tribunal de Contas da União (TCU) para barrar os supersalários de militares ligados ao presidente Bolsonaro no governo.

Se não é ilegal, num país em que o salário mínimo é R$1.284, os supersalários de militares do governo Boslonaro é uma imoralidade e péssimo uso do dinheiro público, pago com  os impostos arrecadados dos contribuintes.

O escândalo mostra que a boquinha veste farda e que o fato de o servidor público ser militar não garante honestidade, ética e moralidade.

 

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