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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A frente fria e a chuva em várias regiões do país não foram empecilho para a realização de protestos em 22 capitais, Distrito Federal e em várias cidades do interior pela democracia e a realização das eleições em 2022, nesta quinta-feira (11). Os protestos foram uma resposta de vários segmentos da sociedade aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), demais instituições democráticas, colocando em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas. São eles, viúvas da ditadura.
No Rio, muita gente usou capas e guarda chuvas, mas não deixou de participar das manifestações. Os manifestantes começaram a se concentrar antes mesmo das 16 horas, na Candelária, e percorreram a Avenida Rio Branco até a Cinelândia. Os bancários marcaram presença na atividade.
Sociedade se une
Várias universidades do país participaram da mobilização, lendo documentos em repúdio aos ataques do governo e de militares que ameaçam a realização das eleições deste ano. Na capital paulista, cerca de 900 mil pessoas assinaram a Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, de iniciativa da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).O manifesto foi lido em ato público no Pátio das Arcadas do icônico prédio do Largo São Francisco, no centro da capital paulista.
Artistas como Fernanda Montenegro, Camila Pitanga, Caetano Veloso, Chico Buarque, Maria Bethânia, Anitta, Christiane Torloni, Fábio Assunção, Lázaro Ramos, Alinne Moraes. Milton Nascimento, Wagner Moura, Manui Gavassi, Antonio Pitanga e Gal Costa, entre outros, gravaram vídeo em favor do manifesto. Além de artistas, assinaram o documento empresários, advogados, banqueiros, juízes e promotores, professores, cientistas, intelectuais, jornalistas e anônimos e lideranças políticas como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Além de Lula, os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D’Ávila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (Unidade Popular) e José Maria Eymael (Democracia Cristã) também assinaram o documento em defesa da democracia.
“Estas manifestações nacionais foram um marco histórico em que a sociedade brasileira mostrou estar unida em defesa da democracia e pela realização das eleições livres em outubro deste ano e representou uma voz uníssona em repúdio aos ataques à democracia feitos por Bolsonaro e os militares que o cercam, saudosos da ditadura militar. Foi uma resposta a altura daqueles que têm medo da vontade popular, que precisa e será garantida”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, José Ferreira.