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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Que o atual cenário econômico, fruto da pandemia, mas também da política econômica recessiva do ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, é desesperador para os brasileiros, ninguém tem dúvidas. Inflação, desemprego, queda da renda média das famílias, juros em alta levam os trabalhadores a ficarem com o orçamento apertado. A situação chegou a tal ponto que a maioria da população está com as contas atrasadas. No Brasil ainda em crise, um em cada quatro brasileiros não consegue pagar todas as contas do mês. A informação é resultado de uma pesquisa divulgada na última segunda-feira (8) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada pelo site G1.
Apenas 44% da população hoje afirma conseguir pagar todas as contas, no entanto, mesmo esta parcela da sociedade, admite que que não sobra nada para guardar numa poupança e muito menos aplicar em investimentos de mercado, ou seja, sete em cada dez brasileiros não conseguem guardar dinheiro.
“A situação apertou tanto que os brasileiros não conseguem sequer gastar em lazer ou cultura. O salário mal dá para pagar as contas e muitas vezes algumas delas acabam ficando para o mês seguinte, o que gera multas e juros muito altos”, critica a vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio Kátia Branco.
Sem lazer
A pesquisa da CNI revela ainda que seis em cada dez brasileiros dizem ter reduzido suas despesas com lazer, e 58% deixaram de comprar produtos de uso pessoal, como roupas e sapatos.
Até os gastos com saúde tiveram que ser drasticamente reduzidos: 25% disseram ter reduzido ou deixado de comprar remédios, e 19% deixaram de pagar o plano de saúde privado. Já 16% tiveram que vender bens para quitar dívidas, e 14% deixaram de pagar ou atrasaram o pagamento do aluguel ou da prestação do imóvel.
A pesquisa, encomendada pela CNI para o Instituto FSB Pesquisa, teve 2.008 entrevistados em todas as unidades da federação de 23 a 26 de julho deste ano.
“Esse é o resultado de quase quatro anos do governo Bolsonaro. Ninguém em sã consciência pode negar que a situação de vida dos brasileiros piorou e o poder de compra despencou”, conclui Kátia.