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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Comando Nacional dos Bancários apresentou à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na mesa de negociações realizada na segunda-feira (8), a proposta de aumento dos valores da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR). O item foi o último da pauta de reivindicações da categoria e até agora os bancos não apresentaram nada de concreto. O movimento sindical cobra agilidade na resposta dos bancos, já que a categoria entregou a pauta de reivindicações no dia 5 de junho e não quer esperar até o final de agosto por uma resposta. O Comando espera uma posição dos bancos já para a próxima reunião, nesta quinta-feira (11).
“Os bancos frustraram a negociação, alegando que não podem apresentar uma proposta sobre a PLR porque ainda não fecharam o balanço do período. Nós refutamos este argumento e dissemos que é possível apresentar a resposta às nossas reivindicações e cobramos uma proposta concreta já na reunião desta quinta-feira. É muito importante que a categoria continue pressionando para fortalecermos nossa posição na mesa de negociação”, disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira, que pediu para os bancários e bancárias replicarem a hashtag da campanha deste ano nas redes sociais: #BoraGanharEsseJogo
Lucros crescem mais
Desde 1997, o movimento sindical conquistou 126% de aumento real para a PLR do cargo de caixa. No mesmo período, o crescimento real do lucro dos bancos foi de 359%, 2,85 vezes mais do que a percentagem de aumento da PLR. Em 1995, os grandes bancos distribuíam cerca de 14% dos lucros a título de PLR. Esse percentual caiu ao longo dos anos, mesmo com reajustes nos valores, mudanças nos parâmetros e introdução da parcela adicional. Em 2021, nos três maiores bancos privados, a média foi de 6,6%. A categoria reivindica maior distribuição dos lucros condizentes com o crescimento dos ganhos do setor financeiro.
Outra questão apresentada pelo Comando é que alguns bancos não discriminam nos contra-cheques os valores pagos das regras próprias e querem que isso seja incluído nos demonstrativos para que os bancários saibam o que estão, de fato, recebendo.
Regra Básica da PLR - A regra básica da PLR é 90% do salário + R$ 2.807,03 (com teto de R$ 15.058,34) e pode ser compensada com programas próprios.
Parcela Adicional: Distribuição linear de 2,2% do lucro líquido dos bancos entre todos os bancários e bancárias, com teto de R$ 5.614,06. Existe a possibilidade de o banco distribuir menos de 2,2% na parcela adicional, caso pague o teto. A Parcela Adicional não pode ser compensada com programas próprios.