Segunda, 08 Agosto 2022 19:47
DESPREZO PELA EDUCAÇÃO

Bolsonaro corta verbas e universidades federais correm o risco de parar

Não é de hoje que os reitores de universidades públicas têm alertado o governo federal de que, se o corte de verbas continuar, as instituições de ensino poderão ter que parar por falta de dinheiro para despesas básicas, como luz, água, manutenção predial e outros serviços essenciais, bem como bolsas e auxílio estudantil. A situação do corte de verbas no governo Bolsonaro chegou a tal ponto que 17 universidades federais correm o risco de interromper suas atividades já nos próximos meses, segundo matéria de O Globo.
Em 2022, as instituições perderam mais de R$400 milhões em recursos do orçamento que poderiam ser remanejados, as chamadas verbas discricionárias. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), uma das maiores do país já avisou que só tem dinheiro até setembro. Estão em situação similar a Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudoeste do Pará), a Unifal, de Alfenas e Ufla, de Lavras, em Minas Gerais e a Ufal, de Alagoas. A Universidade Federal de Lavras teve de demitir 150 funcionários terceirizados do setor de limpeza e conservação.


Farra eleitoreira

Especialistas alertam que a farra no gasto de R$41,2 bilhões da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que inclui no pacote R$6 mil até dezembro para caminhoneiro e taxista, suspensão de impostos federais sobre combustíveis e auxílio gás irá agravar ainda mais a situação da educação, inclusive das universidades estaduais, em função da perda de arrecadação com a redução do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica.

Crise nos estados

No Rio, o governo bolsonarista de Cláudio Castro pratica o mesmo desprezo para com as universidades do estado do Rio de Janeiro, e descumpre a lei, deixando as instituições sem repasse de verbas, agravando a crise na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), e Uezo (Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste. A redução do ICMS da PEC eleitoreira de Bolsonaro vai trazer ainda mais consequências sobre as verbas para a educação dos estados.

 

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