Terça, 02 Agosto 2022 18:24
CAMPANHA SALARIAL

Nesta quarta (3) começam as negociações sobre cláusulas econômicas com a Fenaban

Bancários defendem 5% de aumento real mais a inflação, maior PLR e um salário mínimo para os tíquetes refeição e alimentação. A partir das 9h terá tuitaço

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Começam nesta quarta-feira, dia 3 de agosto, as negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) sobre as cláusulas econômicas da Campanha Nacional 2022. Das 9h às 10h30 haverá uma mobilização nacional da categoria com tuitaço para pressionar os bancos a atenderem as reivindicações aprovadas na Conferência Nacional realizada em junho deste ano: aumento real de 5% mais a reposição da inflação (INPC) do período de 1º de setembro de 2021 a 31 de agosto deste ano. Será utilizada no Twitter a hashtag da campanha deste ano: #BoraGanharEsseJogo. 

Mais PLR e tíquetes

Os bancários lutam ainda pela manutenção da atual regra da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e melhorias nos tíquetes refeição e alimentação, que passariam a valer um salário mínimo (R$1.212).

“É muito importante a participação dos bancários e bancárias no tuitaço amanhã para pressionarmos os bancos a atenderem as nossas reivindicações que são mais do que justas. Os lucros do setor financeiro mostram que não estamos pedindo nada que não possa ser atendido pela Fenaban”, disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira.

Lucros recordes

O lucro líquido consolidado do Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander – as quatro maiores instituições do Brasil com capital aberto na Bolsa de Valores - no primeiro trimestre de 2022 foi o maior da história. Juntos, os gigantes do setor registraram lucro líquido de R$ 24,3 bilhões de janeiro a março deste ano.

O desempenho mostrou um crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado, um recorde. Em 2021, a rentabilidade dos bancos brasileiros ficou quase 5 pontos percentuais acima da rentabilidade das maiores instituições financeiras dos EUA e o Brasil teve o 3° maior spread bancário do mundo naquele ano. 

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