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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
O Sindicato fez nesta sexta-feira (29/7) um protesto percorrendo as agências da Avenida Rio Branco e realizando um ato no Largo da Carioca denunciando a exploração que os bancos impõem aos bancários, aos clientes e à população, visando aumentar ainda mais seus lucros. A mobilização ocorreu um dia após a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) comunicar na negociação com o Comando Nacional dos Bancários a sua pretensão de cortar custos acabando com portas giratórias e com a presença de vigilantes nas agências.
“Estamos nas ruas para denunciar esta tentativa dos bancos de economizar para lucrar ainda mais, não se importando com as consequências que serão geradas pela redução de investimentos na segurança. É preciso frisar que fragilizar os sistemas de segurança das agências é expor a vida de bancários e clientes”, afirmou o presidente do Sindicato, José Ferreira, durante o protesto no Largo da Carioca.
Aumentar a pressão
O dirigente ressaltou que é hora de aumentar a pressão da Campanha Nacional Unificada, através da mobilização da categoria, não só para obrigar os banqueiros a manter as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) relativas às normas de segurança, como garantir os demais itens da minuta de reinvindicações entregue à Fenaban, aprovados na Conferência Nacional dos Bancários. Citou entre eles a reposição integral das perdas da inflação, mais aumento real de 5%; PLR; além do vale-refeição e alimentação com reajuste maior que o dos salários, para fazer frente à disparada dos preços; combate ao assédio moral; e fim das metas abusivas, entre outros.
“O aumento dos tíquetes tem que ser maior, sobretudo porque a inflação dos alimentos tem crescido bem mais que a de outros bens e serviços. Mas para conquistarmos o que temos direito na mesa de negociação, é preciso aumentar a pressão. A manifestação desta sexta tem como objetivo além de denunciar a exploração dos bancos sobre a sociedade, começar a esquentar a Campanha Nacional para fazer avançar as negociações”, disse.
Descaso
Adriana Nalesso, presidenta da Federação Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Federa-RJ) condenou a postura dos bancos, não só de reduzir a segurança, como de não cumprir com a sua obrigação de atender a todos sem distinção. “É preciso lembrar que os bancos são concessão pública, e que não podem impedir, como fazem há tempos, a população e os clientes de terem acesso às agências. Demitem mães e pais de família, mesmo com lucros recordes, e agora querem acabar com os caixas humanos, como forma de reduzir ainda mais o acesso das pessoas aos serviços que eles, os bancos, são obrigados, por lei, a fornecer”, afirmou.
Para a dirigente é preciso que a população comece a avaliar se este sistema financeiro atende às suas necessidades. “Certamente que não. A sociedade tem que lutar por um sistema financeiro que não seja excludente, que não pratique juros e tarifas extorsivos, que cumpra a função de financiar o crescimento econômico e a geração de emprego e renda, que não demita em massa, nem corte custos na segurança só tendo como objetivo obter mais e mais lucro”, afirmou.
Ato denuncia os bancos
No ato do Largo da Carioca foram exibidos vídeos curtos denunciando as várias formas utilizadas pelos banqueiros para lucrar cada vez mais explorando bancários e clientes e sobre como a política econômica do governo tem beneficiado o sistema financeiro. Num deles, do cineasta Silvio Tendler, é denunciado, ainda, o assédio moral imposto aos bancários para que atinjam metas abusivas. Em outro, foi lembrada a relação entre o ministro da Economia Paulo Guedes e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, demitido por assédio sexual e a venda da carteira de créditos do Banco do Brasil de R$ 2,9 bilhões ao BTG-Pactual, fundado por Guedes.