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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
Debater e mobilizar a categoria bancária a participar da Campanha Nacional Unificada de 2022 para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e, ao mesmo tempo, do processo eleitoral que escolherá um novo governo para reconstruir o país e revogar os ataques de Bolsonaro que retiraram inúmeros direitos dos trabalhadores. Estes foram os dois principais objetivos da caravana da diretoria do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro que percorreu diversas agências do Centro da Cidade nesta terça-feira (19/7).
O presidente do Sindicato José Ferreira frisou que estas duas lutas estão intimamente ligadas. Que a mobilização é essencial para fazer com que as negociações da minuta da CCT avancem garantindo a manutenção dos direitos e para eleger Lula presidente, além de uma forte bancada de oposição, para retirar do poder o governo Bolsonaro que jogou o país no fundo do poço, com disparada dos preços e juros, beneficiando o sistema financeiro, aumentando a pobreza e a fome e estagnando a economia.
“É preciso estar mobilizados, também agora, para impedir que o Congresso Nacional aprove projetos do governo, que interessam aos bancos, como o trabalho aos sábados e o fim do auxílio-creche, além da Medida Provisória de Bolsonaro que retira uma série de direitos previdenciários, a MP 1113”, disse.
Assédio sexual
A vice-presidente do Sindicato, Kátia Branco, lembrou que na negociação com a Fenaban o Comando Nacional dos Bancários cobrou a inclusão na CCT de medidas que ampliem o combate ao assédio sexual. O tema assumiu relevância ainda maior após a demissão do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e do vice-presidente de Atacado do banco, Celso Barbosa, pelo assédio sexual contra funcionárias. Lembrou que uma nova negociação, agora sobre cláusula sociais e teletrabalho está marcada para 22 de julho.
Itens da minuta
A minuta de reivindicações da Campanha Nacional foi entregue em 15 de junho à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O objetivo principal é renovar a CCT que garante direitos à categoria já faz 30 anos, além dos acordos específicos que estão sendo negociados com os bancos.
A primeira rodada de negociação aconteceu em 22 de junho. Entre as principais reivindicações estão o aumento real de 5% (INPC +5%); aumento maior para os vales refeição e alimentação; e questões relacionadas à saúde, como, por exemplo, o acompanhamento dos bancários com sequelas da covid-19. Outras reivindicações apresentadas foram a garantia dos empregos, o fim da terceirização, que se amplia no setor bancário, a preparação dos trabalhadores para as mudanças tecnológicas e a redução da jornada de trabalho para quatro dias, além de medidas efetivas de combate ao assédio moral e sexual.