Segunda, 18 Julho 2022 19:49

Sindicato quer garantia de direitos dos bancários também no teletrabalho

Questões sobre home office bem como cláusulas sociais serão debatidas na negociação da categoria com a Fenaban, nesta sexta (22)
Direitos e condições de trabalho dignas também para bancários e bancárias que estão em teletrabalho serão temas da mesa de negociação com a Fenaban, nesta sexta-feira (22) Direitos e condições de trabalho dignas também para bancários e bancárias que estão em teletrabalho serão temas da mesa de negociação com a Fenaban, nesta sexta-feira (22)

O Sindicato dos Bancários do Rio e as demais entidades filiadas à Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) defendem, na campanha nacional deste ano, além da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, a inclusão de direitos e garantias para bancários e bancárias que continuarem no sistema de home office, modelo de trabalho que ampliou rapidamente nas empresas e bancos em função da pandemia da covid-19. O tema está na pauta da próxima mesa do Comando Nacional da categoria com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), nesta sexta-feira (22), onde será tratado também o item sobre cláusulas sociais (confira a cobertura em tempo real das negociações em nosso site: www.bancariosrio.org.br).
Dados da consulta nacional da categoria deste ano revelam que 91% dos bancários acham que a regulação do teletrabalho deve ser realizada, de fato, por meio de negociação coletiva, entre bancos e entidades sindicais.
“O teletrabalho é uma realidade no mundo inteiro e precisamos incluir em nossa Convenção Coletiva, os direitos, garantias e condições de trabalho dignas também para quem permanecer trabalhando em casa”, explica o presidente do Sindicato José Ferreira.

Home office

O controle da jornada de trabalho e a necessidade do debate sobre o banco de horas no sistema de home office é uma das maiores preocupações dos bancários e bancárias. Falta de apoio dos bancos no material e estrutura de trabalho, sentimento de desprezo e isolamento em relação aos demais funcionários que continuam nas unidades físicas também são itens de queixas na categoria.
A ausência de ajuda financeira em relação aos gastos extras dos empregados que trabalham em casa é outro item que precisa ser debatido. A Consulta Nacional realizada em 2021 mostrou que 42,8% disseram que a conta de luz aumentou muito e 43,7% que subiu um pouco. Já 38,1% declaram que houve aumento nos gastos com supermercado e 35,3% que aumentou um pouco. Já na internet a conta cresceu muito para 27,2% e um pouco para 23,2%. A maioria (46,9%) avalia que não houve aumento neste item. No caso da água 41,4% disseram que a conta aumentou um pouco e 14,1% que houve grande elevação no custo. Já 37,5% que não houve alteração.
Metas abusivas e assédio moral, saúde e condições de trabalho também estão entre as preocupações não apenas de quem trabalha nas agências, mas também da atividade em home office.

A maldade de Bolsonaro

A Medida Provisória 1.108/22, editada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e aprovada em março deste ano pelo Congresso Nacional, que trata do trabalho híbrido (presencial e remoto), é repudiada pelo movimento sindical, pois permite que o trabalhador seja importunado a qualquer hora por meio eletrônico, seja celular, WhatsApp. email ou outras formas de comunicação, além de tempo em que o empregado fica à disposição do patrão, em “regime de prontidão e sobreaviso”.

Calendário de negociações com a Fenaban

• 22/7 Teletrabalho e cláusulas sociais
• 28/7 Segurança e cláusulas sociais
• 1/8 Saúde e condições de trabalho
• 3/8 Cláusulas Econômicas
• 11/8 Clásulas Econômicas (continuação)

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