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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
A legislação determina que empresas com mais de mil empregados tenham pelos menos 5% de pessoas com deficiência em sua folha de pessoal, exigência que não vem sendo respeitada pelos bancos. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2019 – apresentados à Fenaban na negociação da última quarta-feira (6/7) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – esse índice chegava a apenas 3,4% da categoria, ou 15.568 empregados.
Na negociação, o Comando Nacional dos Bancários cobrou o respeito à cota de 5%. “Além de mais contratações, a categoria bancária exige a plena inclusão e integração de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência e o combate efetivo a qualquer forma de discriminação”, ressaltou o secretário de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Jordão.
Acrescentou que também é dever de todos, sociedade e empresa, garantir que haja garantia plena para que seu trabalho seja feito em condições dignas e com respeito a suas limitações ou recomendações médicas.
Para o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo, é inadmissível em tempos em que se fala tanto de inclusão e diversidade, grandes instituições financeiras que deveriam dar o exemplo, descumprirem de maneira tão nefasta esta determinação legal, sem sequer considerar os impactos de suas atitudes diante do cenário atual.
Tânia Belém, também diretora da Secretaria de Saúde, frisou que o descumprimento da cota de contratação frustra a inclusão e não pode ser admitido. “As empresas descumprem essa obrigação, muitas vezes por preconceito e pela incapacidade de imaginar como uma pessoa com deficiência pode ser produtiva”, disse.
Cursos e equipamentos
Entre as ações necessárias para o cumprimento das cláusulas específicas relacionadas aos bancários com deficiência, estão cursos de formação, conhecimento de Libras por pelo menos um funcionário por setor, promoção de acessibilidade universal, subsídio a aquisição de equipamentos (cadeiras de roda, muletas, prótese, bengala, óculos, aparelho auditivo, órteses) e a concessão de transporte especial e de financiamento de veículo.
Continuidade das negociações
Após todas as reuniões, que seguem até 11 de agosto, os representantes da Fenaban nas negociações levarão aos bancos as propostas do Comando. Ao final, será apresentada uma proposta global, com todos os temas em negociação.
Calendário de reuniões
Sexta-feira, 22 de julho: Cláusulas Sociais e Teletrabalho
Quinta-feira, 28 de julho: Cláusulas Sociais e Segurança Bancária
Segunda-feira, 1º de agosto: Saúde e Condições de Trabalho
Quarta-feira, 3 de agosto: Cláusulas Econômicas
Segunda-feira, 8 de agosto: Cláusulas Econômicas
Quinta-feira, 11 de agosto: Continuação das Cláusulas Econômicas
*Com informações e arte da Assessoria de Comunicação da Contraf-CUT.