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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O primeiro-ministro britânico de extrema-direita Boris Johnson, se viu obrigado a renunciar ao cargo diante da pior crise econômica da Inglaterra. Vários ministros abandonaram o cargo por considerar o premier incapaz de liderar o país, que enfrenta greves em vários setores da economia, enfraquecida ainda mais após o chamado movimento "Brexit" nas redes sociais, que fortaleceu um nacionalismo xenófobo que levou a Inglaterra a sair da União Europeia. O político é mais um nome reacionário eleito pelo trabalho de marketing político feito em redes sociais pelo marketeiro norte-americano Steven Bannon, com um modelo que prima pelo uso de fake news similar ao que ajudou a eleger Jair Bolsonaro (PL) presidente do Brasil em 2018.
Palhaço estúpido
A Grã-Bretanha enfrenta uma das piores crises com greves em praticamente todos os setores essenciais da economia. A população, que é contra a invasão da Rússia na Ucrânia, se opõe ao grande volume de dinheiro gasto por Boris Johnson para enviar armas ao governo ucraniano no momento em que o país afunda em uma profunda recessão.
A queda do premier foi comemorada em Moscou. “Ele não gosta de nós, nós também não gostamos dele”, disse o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, pouco antes do anúncio da renúncia. O magnata Oleg Deripaska, da Rússia, disse por meio do Telegram que era um “fim inglório” para um “palhaço estúpido” cuja consciência seria prejudicada por “dezenas de milhares de vidas neste conflito.
Assédio sexual
Como no Brasil, o governo do Partido Conservador se viu diante de acusações de mau uso do dinheiro público, corrupção e casos de assédio sexual, este último faz lembrar o caso do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães e mais 29 ocupantes de cargos comissionados que saíram do banco.
Boris Johnson perdeu a confiança dos parlamentares e da população. Tanto o chefe da pasta das Finanças, Rishi Sunak, quanto o da Saúde, Sajid Javid, publicaram cartas a Johnson anunciando sua saída do governo e expressando sua insatisfação com o primeiro-ministro por ele ter nomeado um aliado que ele sabia ter histórico de assediador. O assediador é Christopher Pincher, vice-líder do partido do primeiro-ministro, que já possuía em seu 'currículo', denúncias “de má conduta sexual” antes mesmo de ocupar o cargo. Discriminação e violência contra mulheres. negros e LGBTQIA+ e ódio à esquerda são sintomas parecidos na extrema-direita mundo à fora.
Festança antes de sair
Se no Brasil, Pedro Guimarães é acusado de assédio sexual, gastos com reforma em sua mansão com dinheiro da Caixa, tentativa de acúmulo de salários comissionados e uso da empresa para fazer campanha política, em Londres, Johnson também é acusado de mau uso do dinheiro público para festas privadas e eventos pessoais e familiares. O premier adiou sua saída oficial para realizar uma festa de casamento glamourosa na casa de campo oficial, em Westminster, Centro de Londres, no próximo dia 30 de julho. Ele já se casou com Carrie Symonds , 34 , no ano passado em uma cerimônia discreta e secreta na Catedral de Westminster, no centro da capital. A festa de casamento em Chequers está planejada para 30 de julho e deve ser "um evento muito maior e mais caro, para a qual muitos amigos e familiares foram convidados”, segundo a imprensa inglesa.