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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Publicado: 07 Julho, 2022 - 08h30 | Última modificação: 07 Julho, 2022 - 08h40
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
Enquanto a França discute a estatização do setor produtivo de energia, o Brasil entrega à iniciativa privada essa que é uma das áreas estratégicas para o país.
De acordo com o jornal francês Le Figaro, a primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, afirmou nesta quarta-feira (6) que o presidente, Emmanuel Macron, lhe passou a missão de estatizar completamente o setor de energia do país.
O objetivo é abandonar os combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, migrando para uma matriz energética ecológica e sustentável. "Queremos ser a primeira grande nação a sair dos combustíveis fósseis", disse a primeira-ministra, segundo o jornal francês, falando em "uma ecologia do progresso".
"A conversão ecológica passa pela energia nuclear, uma energia livre de carbono e soberana", acrescentou, assegurando que o setor energético deve estar sob o controle estratégico do Estado, sendo "100% renacionalizado".
No Brasil, ocorre o contrário, a Petrobras vem diminuindo a sua atividade em energias renováveis. No caso da eólica, a estatal se retirou de toda produção.
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E, em junho, o governo brasileiro vendeu a Eletrobras por 33,7 bilhões, apesar dos impactos da venda para a população, que vai pagar mais caro pelas contas e luz e terá um serviço de qualidade inferior, além das denúncias da empresa ter sido vendida abaixo do mercado.
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A privatização foi questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa do prejuízo bilionário aos brasileiros e das falhas no processo. Mesmo assim, os ministros votaram a favor da venda.
A entrega da estatal para a iniciativa privada só beneficia os acionistas, que já são bilionários, como Jorge Paulo Lemann, por exemplo, um dos maiores acionistas da Eletrobras.
Com informações do brasil247.