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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Publicado: 01 Julho, 2022 - 10h25 | Última modificação: 01 Julho, 2022 - 10h38
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
Quase 63 milhões de brasileiros têm renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais, ou seja, sobreviveram com menos da metade de um salário mínimo, de acordo com o Mapa da Nova Pobreza, que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou esta semana.
O salário mínimo, que hoje é de R$ 1.212, não dá para comprar sequer os 39 produtos da cesta básica ampliada pesquisada pelo Dieese em parceria com o Procon. Em maio, o valor médio da cesta básica ampliada em São Paulo chegou a R$ 1.226.
De acordo com o Mapa da Nova Pobreza da FGV, a pobreza nunca esteve tão alta no Brasil, desde o começo da série histórica da pesquisa, em 2012.
No total, segundo a pesquisa, 62,9 milhões de brasileiros, cerca de 29,6% da população total do país, sobreviveram com menos de R$ 500 por mês no ano passado. O número é 9,6 milhões maior do que em 2019 - quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia, segundo o resumo da pesquisa. Leia aqui a íntegra do estudo.
A Unidade da Federação com menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina (10,16%) e a maior proporção de pobres foi o Maranhão com 57,90%.
Ao segmentar o país em 146 estratos espaciais, os pesquisadores descobriram que aquele com maior pobreza em 2021 foi o Litoral e Baixada Maranhense com 72,59%, já a menor está no município de Florianópolis com 5,7%.
A mudança da pobreza de 2019 a 2021 por Unidade da Federação em pontos percentuais na pandemia, revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais (p.p.), e
as únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (0,95 p.p.) e Piauí (0,03 p.p.).