Segunda, 27 Junho 2022 19:25

Comitê de Lutas dos Bancários protesta contra a alta dos preços

No Rio, manifestação realizada no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão, inaugura atividades do movimento na categoria
PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE - Dirigentes sindicais bancários inauguraram as atividades do Comitê de  Lutas da categoria, na Feira de São Cristóvão. Comitês serão permanentes, mesmo após as eleições PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE - Dirigentes sindicais bancários inauguraram as atividades do Comitê de Lutas da categoria, na Feira de São Cristóvão. Comitês serão permanentes, mesmo após as eleições

Mobilizar a sociedade para aumentar a participação popular na política, pressionando governos e apresentando propostas para superação da crise, da fome e da desigualdade social e contribuir para a reconstrução do Brasil e de um país justo e com igualdade de oportunidades. Este é o objetivo dos comitês de lutas espalhados pelo Brasil, com a participação de diversas categorias de trabalhadores. A ideia é que a o movimento seja uma forma permanente de mobilização popular. 
Os bancários iniciaram, no último sábado (25), chamado de primeiro “Dia L de Luta”, uma mobilização nacional de seu Comitê de Lutas. No Rio de Janeiro, a atividade foi realizada no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, no Pavilhão de São Cristóvão.

De quem é a culpa?

A volta do Brasil ao Mapa da fome, os altos preços dos produtos nos supermercados, especialmente os alimentos, e dos combustíveis foram a tônica dos protestos, bem como a política genocida do governo Bolsonaro que resultou em mais de 670 mil mortes por covid-19. Os dirigentes sindicais distribuíram um panfleto em formato de encarte de supermercado e com o título “Tá caro? A culpa é do Bolsonaro”. O material impresso chamou a atenção da população que enfrenta uma triste realidade: a alta de preços e a perda de renda das famílias, além do desemprego, situação agravada nos últimos anos.  

Mudança de rumos

Carlos de Souza, diretor do Sindicato e secretário da CUT Rio (Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro), falou sobre a necessidade de mudança de rumos da política econômica e de governo nas eleições 2022.
“Temos que reverter este quadro nefasto que vivemos, onde o ódio prevalece sobre as relações de empatia e a preocupação com o próximo”, declarou.
A presidenta da Federa RJ (Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro) e  diretora do Sindicato Adriana Nalesso chamou a atenção para os números estatísticos referentes à fome.  
“O Brasil tem 33 milhões de pessoas em situação de fome e deste total, em apenas dois anos e meio do atual governo, mais 14 milhões de brasileiros e brasileiras foram lançados ao Mapa da Fome”, disse. A sindicalista destacou ainda o aumento da violência contra as mulheres.
O também diretor do Sindicato Alexandre Batista, coordenador do Comitê de Lutas dos Bancários, salientou que a escolha do local para abrir as atividades não foi por acaso.
“Foi uma homenagem a esse povo aguerrido, em geral antenado com as opções que atendem os anseios do povo. Os nordestinos são os mais atingidos pela fome e a miséria do país. Nas eleições de outubro teremos a oportunidade das nossas vidas e precisamos reverter essa situação”, destacou.

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