Quarta, 22 Junho 2022 19:28
VAMOS GANHAR ESSE JOGO

Bancários vão realizar tuitaço contra tentativa de Bolsonaro de instituir trabalho nos finais de semana

Mobilização será no dia 28 (terça-feira), quando o deputado federal Ivan Valente (PSOL) fará audiência pública para tentar barrar PL 1043/19. Governo ataca, em outra proposta, direitos do auxílio creche/babá
O descanso dos bancários em finais de semana é mais uma vez ameaçado pelo governo Bolsonaro que volta a pautar na Câmara dos Deputados o PL 1043/19 e MP ameaça o auxílio creche/babá O descanso dos bancários em finais de semana é mais uma vez ameaçado pelo governo Bolsonaro que volta a pautar na Câmara dos Deputados o PL 1043/19 e MP ameaça o auxílio creche/babá

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Comando Nacional informou que no próximo dia 28 de junho, terça-feira, às 14 horas, os bancários e bancárias vão fazer uma forte pressão contra o Projeto de Lei 1043/19, mais uma tentativa do governo Bolsonaro de instituir o trabalho bancário nos finais de semana. Durante a primeira rodada de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), realizado por meio virtual nesta quarta-feira (22), o movimento sindical cobrou que os bancos atuem para que a proposta seja retirada da pauta do Congresso Nacional e pediu um canal de diálogo com os bancos para debater o tema.

“Só vamos conseguir derrotar mais este ataque do governo à nossa categoria com a nossa mobilização, pressionado os parlamentares a retirarem o projeto da pauta. Contamos com todos bancários e bancárias no tuitaço do próximo dia 28”, convocou o presidente do Sindicato dos Bancários José Ferreira

Ataque às mães trabalhadoras

O pacote de maldades do governo Bolsonaro não ameaça apenas a jornada e o descanso remunerado nos finais de semanas dos bancários. A Medida Provisória 1116/2022, com a falsa justificativa de ‘gerar empregos para mulheres e jovens', ameaça um direito fundamental das mães trabalhadoras e bancários que precisam de colocar o filho na creche ou contratar babá para poder trabalhar.  A proposta acaba com o auxílio-creche/babá no formato que é atualmente e cria o reembolso creche. Atualmente é o banco que paga a antecipação e com a MP o bancário terá que pagar para, em seguida, ter o reembolso. Atualmente 77 mil bancárias e bancários gozam do direito, beneficiando 92 mil crianças. A nova regra extingue um benefício conquistado pela categoria há 41 anos e permite, inclusive, o acordo individual entre as partes.

“O governo vem com a mesma ladainha de que ‘é preciso retirar direitos para gerar empregos’, o que está provado, é uma grande balela criada pelas elites empresariais desde a reforma trabalhista de Temer até as Medidas Provisórias de Bolsonaro. E a política de Paulo Guedes continua tentando acabar com as negociações coletivas e priorizar acordos individuais para minar os sindicatos e tornar o trabalhador mais vulnerável na relação capital-trabalho. Vamos mobilizar a nossa categoria, que tem este direito assegurado na nossa Convenção Coletiva e denunciar à sociedade mais este ataque contra a classe trabalhadora”, critica a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Kátia Branco.

 

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