Segundo o Ministério da Saúde,
o estado do Rio tem dois casos confirmados da doença. O primeiro caso registrado no estado foi na cidade do Rio. Um homem de 38 anos residente em Londres, que chegou ao Brasil em 11 de junho. Ele procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) no dia seguinte da sua chegada.
O segundo caso foi confirmado na noite deste domingo (19). De acordo com o Ministério Público, o paciente é um homem de 25 anos, morador de Maricá, na Região Metropolitana. O jovem, que não teve a identidade revelada, não viajou ao exterior, mas teve contato com estrangeiros, informou o Ministério da Saúde. Ele apresenta quadro clínico estável e está sendo monitorado pelo Instituto Nacional de Infectologia e pelas secretarias de Saúde estadual e municipal.
Com os dois casos confirmados, sobe para oito os casos positivos no Brasil. O primeiro caso de varíola dos macacos no país foi confirmado na cidade de São Paulo, no dia 8 de junho. O paciente, um homem de 41 anos que chegou de viagem da Espanha, foi colocado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
Para Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, é preciso manter um sistema de vigilância para detecção precoce dos casos e orientação aos serviços de saúde para aumentar a suspeição para que sejam detectados e encaminhados para as unidades de referência para diagnóstico.
Chebabo afirmou que evitar a transmissão é complicada quando o número de casos aumenta muito. Segundo ele, hoje ainda é possível esse rastreamento, mas se o número de casos aumentar muito, fica difícil conseguir rastrear todos os casos.
"As informações que temos é de que houve transmissão por contato com estrangeiro. Mas não está claro se esse estrangeiro tinha sintomas da doença. De qualquer forma, ainda não configura transmissão comunitária, mas já preocupa pela possibilidade de em breve isto poder ocorrer", disse Chebabo.
A doença
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo, íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Esse contato pode ser, por exemplo, um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções e mucos da pessoa infectada.
Os sintomas iniciais costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Em geral, entre 1 a 3 dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.