Segunda, 13 Junho 2022 20:31
COMEÇOU A CAMPANHA

Bancários entregam Convenção Coletiva para à Fenaban nesta quarta-feira (15)

Conferência Nacional, realizada de sexta à domingo, debateu e aprovou itens de reivindicações, renovação da CCT e mudança do país nas eleições 2022

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) vai entregar à Fenaban (Federação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Fincanceiro) o pedido de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para a categoria e a pauta de reivindicações aprovada na Conferência nacional nesta quarta-feira, 15 de junho, em São Paulo. Na terça (14), tem assembleia virtual dos bancários e bancárias do Rio de Janeiro para ratiticar a minuta.
A atual CCT perde validade a partir do dia 1º de setembro, por isso, os sindicatos querem, o quanto antes, garantir os direitos e conquistas previstos no documento, único com alcance em nível nacional no Brasil. Com o fim da chamada ultratividade, a atual CCT não está garantida após o dia 31 de agosto.
A plenária final da 24ª Conferência Nacional, aprovou o texto da minuta da CCT com 98% dos votos (a votação foi feita de modo virtual para que dela participassem os presentes e os que acompanharam à distância).

Desafios da categoria

Com a participação de 926 representantes de todos os estados, presencialmente e virtualmente, encerrou-se na tarde do último domingo (12), em São Paulo, após três dias de debates a 24ª Conferência Nacional dos Bancários. Suas principais decisões foram: aprovação da minuta de reivindicações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT); um plano de lutas que organize e mobilize a categoria em sua Campanha Nacional Unificada deste ano; bem como derrotar Bolsonaro e eleger Luiz Inácio Lula da Silva presidente, para reconstruir o Brasil.
O lema deste ano será #BoraGanharEsseJogo. Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional da categoria, classificou a conferência como um passo importante da Campanha, que só será vitoriosa com participação e mobilização dos bancários e bancárias. Lembrou ainda que por garantir lucros recordes para os bancos, a categoria tem que ser valorizada.

Eleição como prioridade

A pesquisa do Dieese (Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que ouviu mais de 35 mil bancários e bancárias, entre abril e junho, revelou que a categoria colocou como prioridade, além das cláusulas da CCT, a necessidade de eleger o presidente da República e membros do Congresso Nacional que defendam os direitos dos trabalhadores e de toda a população. Mais de 84% classificaram este tema como muito importante e 12% como importante.
Kátia Branco, vice-presidenta do Sindicato do Rio reafirmou os dois grandes desafios deste ano a Campanha Nacional que são garantir os direitos da CCT e dos acordos específicos e eleger Lula presidente.
“É preciso um novo governo para acabar com a fome e nos devolver os direitos roubados por Bolsonaro. Eleger Lula é uma tarefa dos bancários, mas também de toda a sociedade”, disse.

Acordos específicos

Os congressos dos funcionários da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e dos bancos privados aprovaram minutas de acordo específicas a serem negociadas. A da CEF será entregue logo após a proposta da CCT (sem data ainda definida) e a do BB está confirmada para o dia 17 de junho.

Mobilização

O plano de lutas prevê que a Campanha já se inicie com atividades semanais, como panfletagens, visitas às agências e outras unidades, e protestos, incluindo o uso das redes sociais, como Twitter e Instagram.

Principais itens aprovados na Conferência Nacional

• Renovação da CCT e dos acordos coletivos específicos
• Regulamentação para garantir direitos no home office
• Reajuste Salarial: inflação + 5% de aumento real
• Manutenção da atual regra de cálculo da PLR
• Reajuste maior para tíquetes refeição e alimentação
• Combate ao assédio moral e às metas abusivas
• Tratamento para bancários com sequelas da covid-19
• Derrotar Bolsonaro e eleger Lula para reconstruir o Brasil

Mídia