Segunda, 13 Junho 2022 20:30
BANCOS PRIVADOS

Bancários aprovam defesa do emprego e melhores condições de trabalho

O combate ao fechamento de agências físicas, gerando ainda mais demissões de bancários, o fim das pressões e assédio moral crescente que adoecem os empregados, além de direitos para o home office e apoio aos bancários que sofrem sequelas da Covid-19, e garantias dos direitos com a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho foram alguns dos principais itens defendidos pelos trabalhadores dos bancos privados. A redução de mão de obra é hoje uma das maiores preocupações no Itaú, Bradesco e Santander, em função de o sistema financeiro estar utilizando as novas tecnologias que criam plataformas digitais para dispensar funcionários, reduzir despesas e elevar ainda mais os lucros. Em todas as instituições financeiras, os participantes da 24ª Conferência Nacional encontros específicos defenderam a mobilização da categoria para derrotar o governo Bolsonaro nas eleições deste ano, reconduzindo Lula à presidência do país a fim de barrar a retirada de direitos e recuperar o crescimento econômico e a geração de empregos e renda.
No Encontro dos funcionários do Itaú foram debatidos temas como empregos, remuneração, saúde, previdência complementar, diversidade, segurança bancária, condições de trabalho e teletrabalho e a pressão e assédio moral impostos pelo programa de metas do banco.

Tuitaço no Santander

Os funcionários do Santander realizam nesta terça-feira (14), das 11h ao meio-dia um tuitaço contra os abusos do banco contra os funcionários brasileiros que geram cerca de 30% dos ganhos globais do grupo espanhol. A mobilização é para pressionar a direção do Santander em função da entrega da pauta específica de reinvindicações, prevista para a acontecer na mesma data da atividade dos trabalhadores nas redes sociais.
O Santander foi muito criticado na Conferência Nacional, inclusive por técnicos do Dieese por causa das terceirizações que o banco vem praticando, como na área de tecnologia, ao transferir todos os funcionários do setor para a F1RST, empresa terceirizada do próprio conglomerado. 

Bradesco quer um golpe?

Os participantes do Encontro Nacional dos funcionários do Bradesco fizeram duras críticas ao presidente do banco, Octavio de Lazari Junior, que postou um vídeo em que diz se orgulhar do tempo em que se apresentava como “soldado 939 Lazari, ao seu comando”, referindo-se a outro militar, o “capitão Gonçalves”, que o fazia se sentir “diferente”, “especial”. A fala no vídeo foi feita com a logomarca do banco, portanto, um vídeo institucional e não “pessoal”, embora o Bradesco tenha negado publicamente a participação da instituição na produção. O vídeo soou como bajulação de Lazari ao presidente Bolsonaro e apoio a sua reeleição e aos ataques à democracia.

Mídia