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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A pandemia da covid-19, além de matar mais de 666 mil pessoas no Brasil trouxe graves prejuízos à economia no mundo inteiro. No entanto, no caso brasileiro, a crise tem um agravante exclusivo entre as grandes economias: aumentou ainda mais a fome. São pelo menos 14 milhões de pessoas a mais que não têm o que comer em pouco mais de um ano. A fome já atinge 33,1 milhões de brasileiros. Seis em cada dez famílias não conseguem acesso pleno à alimentação. Já 58% da população do país vivem em algum grau de insegurança alimentar (não têm alimentação em quantidade e qualidade suficiente para não comprometer o acesso a outras necessidades humanas essenciais, como morar e ter acesso a remédios, saúde e educação).
“Nunca o Brasil passou por uma situação tão crítica. Se a classe média está sentindo no bolso, vendo sua renda média despencar, a população mais pobre está sendo empurrada para a miséria absoluta, sem ter sequer o que comer. Não é possível que as pessoas não se comovam com esta situação. É preciso derrotar o governo Bolsonaro e eleger um governo e parlamentares comprometidos com os trabalhadores”, disse o secretário de Combate aso Racismo da Contraf-CUT (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Almir Aguiar.
Negros sofrem mais
O sindicalista lembra que a parcela da sociedade mais atingida é a população negra. “Dados do ano passado mostram que o índice de insegurança alimentar em algum nível é de 59,2% entre negros e negras. A situação certamente se agravou e muito este ano”, disse Almir, que defendeu a eleição de Lula para presidente a fim de o país recuperar o crescimento econômico e gerar empregos e renda para todos.