Para reduzir custos e elevar ainda mais os lucros, o Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, é mais uma instituição financeira que está pressionando seus próprios funcionários a empurrar os clientes para caixas eletrônicos, correspondentes bancários e plataformas digitais. O que parece ter por objetivo facilitar a vida dos usuários é na verdade o uso da tecnologia pelos bancos para fechar mais agências físicas, sobrecarregando os funcionários que continuam no atendimento e desrespeitando a população.
“O Bradesco demite funcionários e fecha agências, sobrecarregando os bancários que estão na linha de frente para o atendimento e desrespeitando os clientes, que estão sendo empurrados para outros meios de pagamento, como correspondentes e as plataformas digitais. O banco já demitiu, só no município do Rio de Janeiro, mais de 200 trabalhadores. É inaceitável para uma empresa que faturou quase R$7 bilhões no primeiro trimestre deste ano tratar os bancários com pressão e metas desumanas e sobrecarga de trabalho e desrespeitar os usuários e clientes”, criticou o diretor do Sindicato, Leuver Luldoff, membro da COE (Comissão Executiva dos Empregados).
O diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Ferraz, disse que a pressão sobre os funcionários chegou a uma situação insuportável.
“Não param de chegar denúncias dos bancários do Bradesco ao nosso Sindicato. Os bancários ficam constrangidos, pois são obrigados a empurrar os clientes para outros meios de atendimento porque o banco só quer elevar seus lucros com unidades de negócios”, explicou.