Quarta, 25 Mai 2022 18:18

Brasil de ‘Bolsocaro’: inflação é a mais alta desde 2003 e miséria aumenta

Professora Nelice Pompeu, da rede pública de São Paulo, viraliza com sacola "Bolsocaro" no supermercado. Professora Nelice Pompeu, da rede pública de São Paulo, viraliza com sacola "Bolsocaro" no supermercado.

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Imprensa SeebRio

O Brasil vai precisar ser reconstruído. O país foi jogado no abismo pelo governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira os jornais publicaram que a inflação dos últimos 12 meses (maio de 2021 a maio de 2022), foi de absurdos 12,20%. Foi a maior inflação anual no país desde novembro de 2003, quando ficou em 12,69%, o que justifica o apelido que vem sendo dado pelos brasileiros ao governo: ‘Bolsocaro’. A inflação somente em maio foi de 0,59%.

Apesar de a inflação no Brasil ter superado 12% no acumulado dos últimos 12 meses, o ministro da Economia Paulo Guedes, afirmou, cinicamente, nesta quarta-feira (25) que o Brasil "não dormiu" no combate à inflação, ao contrário de outros países. A fala foi feita durante debate em uma reunião entre ricos, o chamado Fórum Econômico, que acontece na cidade suíça de Davos.

Mais uma vez o ministro-banqueiro mentiu pois foi graças à política econômica do governo, comandada por ele, que os preços dispararam. E isto aconteceu em função do atrelamento dos preços do Brasil aos do mercado internacional e à decisão de desvalorizar o real frente ao dólar.

Miséria também aumenta

Como se não bastasse essa disparada nos preços nos dois primeiros meses de 2022, mais 1,8 milhão de famílias foram jogadas na extrema pobreza. De acordo com a última atualização do Ministério da Cidadania, cerca de 17,5 milhões de lares viviam com uma renda per capita de até R$ 105,00. 

A situação do Brasil vai de mal a pior. O aumento da extrema pobreza caminha junto com o crescimento do desemprego, que deve ficar entre as maiores taxas do mundo neste ano. Atualmente, o país ocupa a 16ª pior taxa de desocupação. 

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,1% no 1º trimestre de 2022, com a falta de trabalho atingindo 11,949 milhões de brasileiros, segundo divulgou nesta sexta-feira (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pobreza

A parcela da população que vive na pobreza deve encerrar 2022 acima da que estava há dez anos, em 2012. Um estudo da Tendências Consultoria prevê que a participação das classes D/E no total de domicílios brasileiros deve fechar o ano em 50,7%.

As projeções de longo prazo da consultoria também apontam que levará sete anos, até 2028, para se retomar o nível observado em 2014, de 47%, o menor da série histórica do levantamento, iniciado em 1999. O estudo considera como classe D/E aqueles domicílios com renda mensal até R$ 2,9 mil, a preços de novembro de 2021. 

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