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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A política econômica do ministro da Economia Paulo Guedes e do Banco Central, presidida pelo também banqueiro Roberto Campos Neto (Santander), de elevar ainda mais os juros básicos (Selic), além de agravar a recessão econômica, constrangendo o consumo, aumentam o endividamento das famílias brasileiras. O motivo é que, com a queda da renda dos trabalhadores, as pessoas estão buscando no cartão de crédito uma forma de garantir a comida na mesa. No tocante às famílias, o estoque de crédito somou R$ 2,8 trilhões, com crescimento de 0,7% em janeiro e 21,4% em fevereiro.
“Não para de crescer o número de brasileiros com algum tipo de dívida, especialmente no cartão de crédito. Isso se deve aos juros elevados e o governo Bolsonaro continua aumento a Selic que leva o mercado a oferecer taxas cada vez maiores para os empréstimos e no rotativo do cartão”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Geraldo Ferraz.
Só os bancos ganham
Em 2021, mais de 70% dos brasileiros fechou o ano com algum endividamento com bancos e financeiras e o cartão de crédito é o principal vilão das famílias.
“Como justificar uma economia em recessão, o parque industrial quebrando no país, o comércio agonizando e os trabalhadores sofrendo com o desemprego e a perda de renda frente a uma inflação galopante, os bancos continuarem batendo recordes de lucro? Não há país que consiga crescer com esta política econômica desastrosa de Paulo Guedes”, acrescenta Geraldo.