Terça, 10 Mai 2022 09:40

Petrobras aumenta em 8,9% preço do diesel nas refinarias nesta terça (10)

 

 
 

O óleo diesel já aumentou 47% somente este ano. Em 12 meses, de abril de 2021 a abril deste ano, a alta acumulada é de 52,53%

 Publicado: 09 Maio, 2022 - 13h11 | Última modificação: 09 Maio, 2022 - 13h16

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

 MARCELLO CASAL JR / AGÊNCIA BRASIL
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Caminhão tanque abastece posto de combustível

Em meio a uma inflação de dois dígitos (11,3%) nos últimos doze meses, estimulada pela alta dos combustíveis, o governo de Jair Bolsonaro (PL) continua mantendo a Política de Paridade de Importação (PPI) que autoriza a Petrobras a reajustar os preços dos combustíveis com base no barril do petróleo e cotação do dólar. O resultado nefasto dessa decisão é mais um aumento, de 8,87%,  no preço do óleo diesel, que deve custar em média R$ 4,91, o litro – R$0,40 a mais do que os atuais R$ 4,51, nas distribuidoras – a partir desta terça-feira (10).

Somente neste ano o preço do diesel da Petrobras subiu 47%. Em 12 meses, de abril de 2021 a abril deste ano, a alta acumulada é de 52,53%, segundo a prévia da inflação de abril, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

O último reajuste foi de 25%, em 11 de março. Naquele mesmo dia a gasolina em quase 19% e o GLP em 16%. Desta vez, a estatal afirmou que os preços do gás e da gasolina não terão aumento.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor do combustível nos postos registrou um avanço de 0,30%, para R$ 6,630 o litro.

Bolsonaro mente para apoiadores

Mais uma vez Bolsonaro dizendo que está “indignado” e que a alta dos preços praticados pela Petrobras nada tem a ver com ele, “esquecendo” que a União detém a maioria das ações ordinárias da Petrobras, com 50,3% do total.

O ataque à política de preços praticados pela Petrobras, que aliás ele mantém, foi em discurso na Feira Nacional da Soja, em Santa Rosa, na Região Norte do Rio Grande do Sul, no último sábado (7).

A Política de Paridade Internacional da Petrobras

Foi no governo de Michel Temer (MDB-SP), em outubro de 2016, cinco meses após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), que foi instituída a Política de Paridade Internacional (PPI) e iniciado o desmonte da Petrobras, com reflexos negativos para o consumidor até hoje. Bolsonaro nada fez para acabar com essa política, muito ao contrário, faz esforços para privatizar a estatal, o que gerará ainda mais prejuízos aos brasileiros.

Resumindo, Temer criou o "monstro" e Bolsonaro o alimenta com o suor dos brasileiros.

A PPI consiste em reajustar os preços dos combustíveis de acordo com o valor do barril de petróleo que tem a sua variação no preço internacional, cotado em dólar.

O consumidor hoje está pagando mais caro em função do preço internacional do barril de petróleo combinado com a desvalorização do real frente à moeda norte-americana.

Leia mais: Não é a guerra; culpa pelos altos preços dos combustíveis é de Bolsonaro e Temer

Texto: Rosely Rocha

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