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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
As centrais sindicais realizaram no último domingo, 1º de maio, em comemoração ao Dia do Trabalhador, protestos contra o alto preço dos alimentos, combustíveis e gás de cozinha, o desemprego e a perda da renda das famílias. Os sindicalistas culparam a gestão desastrosa da economia em mais de três anos do governo Bolsonaro, a retirada de direitos e os ataques à democracia. Houve atos públicos em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e em outras regiões do país. No Rio, o protesto aconteceu no Aterro do Flamengo.
O que pensa o povo
Pesquisa da FSB/Pactual realizada no final de abril confirma a insatisfação popular e reforça as críticas do movimento sindical ao atual governo: quatro em cada dez brasileiros culpam diretamente o presidente Bolsonaro pela carestia. O atual governo é apontado por 42% da população como o responsável pela recessão econômica do país. Já 25% acredita que a causa é a pandemia da covid-19 e 21% responsabiliza governos anteriores. Apenas 8% considera que a culpa da crise é da situação econômica internacional.
Crise se agrava
A prévia para a inflação de abril dá ideia da gravidade da situação no país. A expectativa é de que o índice do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) seja o maior desde 1995, acelerando 1,73% e 0,78 ponto percentual acima da já alta taxa de março. O povo sente no bolso o desastre econômico.
Ato no Rio
Na manifestação realizada no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio, o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira reafirmou que a culpa pela tragédia econômica e social do Brasil é do governo Bolsonaro.
“Os trabalhadores e trabalhadoras estão sofrendo o maior ataque da história contra seus direitos”, destacou, lamentando os ataques constantes de Bolsonaro às instituições democráticas que criam incertezas e agravam a crise.
“Muitos não sabem se terão emprego ou se não terão mais como alimentar seus filhos. O povo não sabe sequer se poderá escolher o seu futuro presidente porque o chefe do executivo não para de ameaçar o país com um golpe militar”, acrescentou.
Ferreira considera o ano de 2022 decisivo para o povo brasileiro. “A classe trabalhadora tem que ir para as ruas lutar por seus direitos, derrotar este governo e garantir o respeito à vontade popular”, concluiu, criticando ainda a péssima gestão do atual governo no combate à pandemia da covid-19 que já matou mais de 660 mil pessoas no país.