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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Uma menina ianomâmi, de 12 anos, morreu após ser estuprada por garimpeiros. O crime aconteceu na região do Palimiú, em Roraima. Segundo denúncias dos indígenas, os garimpeiros teriam invadido a comunidade e violentaram a adolescente até a morte.
Outra criança da mesma tribo, de cerca de três anos, desapareceu ao cair no rio Uraricoera. O menino teria sido levado por garimpeiros na comunidade Arakaça, que o teriam violentado, levado a óbito e lançado, em seguida, ao rio.
Os casos estão sendo investigados e foram denunciados à Polícia Federal e ao Exército Brasileiro.
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou uma nota informando que busca junto às instituições competentes a investigação sobre o caso e afirmou que "situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima".
Política de governo
A diretora da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato Cida Cruz disse que mais esta tragédia é fruto da política do governo Bolsonaro de incentivar a exploração mineral em áreas de preservação ambiental e em terras indígenas.
“O tensionamento entre garimpeiros e índios é fruto da política desastrosa deste governo, que incentiva a exploração mineral, que é predatória para o meio ambiente e criminosa contra os índios. Quando o então ministro Ricardo Salles disse, em reunião com Bolsonaro, que era necessário ‘aproveitar a pandemia para passar o trator nas leis ambientais e proteção das terras indígenas’ não era apenas um arroubo do bolsonarismo, mas uma política que está sendo executada no Brasil. Lamentamos e sentimos profundamente os assassinatos de crianças e indígenas em nosso País”, critica.