Terça, 26 Abril 2022 19:32
APOLOGIA DA VIOLÊNCIA

Indígena adolescente é estuprada e morta por garimpeiros na Amazônia

Adolescente de 12 anos teria sido violentada e outra criança, um menino de três anos, está desaparecido
Crianças e adolescentes, as novas vítimas dos conflitos entre garimpeiros e índios na Amazônia Crianças e adolescentes, as novas vítimas dos conflitos entre garimpeiros e índios na Amazônia Foto: Gabriel Leitão (Vermelho.org.br)

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Uma menina ianomâmi, de 12 anos, morreu após ser estuprada por garimpeiros. O crime aconteceu na região do Palimiú, em Roraima. Segundo denúncias dos indígenas, os garimpeiros teriam invadido a comunidade e violentaram a adolescente até a morte.

Outra criança da mesma tribo, de cerca de três anos, desapareceu ao cair no rio Uraricoera. O menino teria sido levado por garimpeiros na comunidade Arakaça, que o teriam violentado, levado a óbito e lançado, em seguida, ao rio.  

Os casos estão sendo investigados e foram denunciados à Polícia Federal e ao Exército Brasileiro.

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou uma nota informando que busca junto às instituições competentes a investigação sobre o caso e afirmou que "situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima".

Política de governo

A diretora da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato Cida Cruz disse que mais esta tragédia é fruto da política do governo Bolsonaro de incentivar a exploração mineral em áreas de preservação ambiental e em terras indígenas.

“O tensionamento entre garimpeiros e índios é fruto da política desastrosa deste governo, que incentiva a exploração mineral, que é predatória para o meio ambiente e criminosa contra os índios. Quando o então ministro Ricardo Salles disse, em reunião com Bolsonaro, que era necessário ‘aproveitar a pandemia para passar o trator nas leis ambientais e proteção das terras indígenas’ não era apenas um arroubo do bolsonarismo, mas uma política que está sendo executada no Brasil. Lamentamos e sentimos profundamente os assassinatos de crianças e indígenas em nosso País”, critica.

 

Mídia