Terça, 26 Abril 2022 14:54
MAIS SAÚDE

Sindicato intensifica ações de prevenção à doença ocupacional

Semana do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é marcada por esforço da entidade para garantir melhores condições no ambiente de trabalho
Edelson Figueiredo: “crescimento de bancários vítimas de doenças do trabalho preocupa o Sindicato” Edelson Figueiredo: “crescimento de bancários vítimas de doenças do trabalho preocupa o Sindicato” Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro celebra o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho (28 de abril) intensificando o trabalho de atendimento aos bancários e prevenção às doenças ocupacionais na categoria. A partir do próximo dia 5 de maio, a Secretaria atenderá presencialmente também na Sede Campestre, em Jacarepaguá. O trabalho será feito todas as quintas-feiras de 10 às 16 horas.
O endereço da Sede Campestre é Rua Mirataia 121, Pechincha. O agendamento para o atendimento podem ser feitas pelos WhatsApp (21) 99232-8038 ou pelo telefone 2103-4110, de segunda a sexta-feira, de 9 às 15 horas. O atendimento é feito também na sede do Sindicato, de segunda a sexta-feira, (10h às 15h), na Avenida Presidente Vargas, 502/20º andar. Para recursos e revisões, os atendimentos são realizados de 10h às 13h. Mais informações pelos telefones 2103-4116/4186/4176.

Políticas públicas

Nesta semana do Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, o Brasil não tem muito a comemorar. O governo Bolsonaro vem desmontando as políticas públicas relacionadas à saúde e segurança nos ambientes de trabalho. Um exemplo desse desmonte é revisão das normas regulamentadora (NRs), desde 2019 e a dificuldade de o trabalhador caracterizar a covid-19 como doença do trabalho, pois é necessário caracterizar o chamado “nexo causal” entre a atividade profissional e a infecção do coronavírus.

“Muitas vezes o trabalhador é infectado nos transportes públicos durante o percurso para o trabalho e, no caso dos bancos, os funcionários enfrentaram aglomerações no auge da pandemia, como é o caso dos empregados da Caixa Econômica Federal para o pagamento do auxílio emergencial, FGTS e seguro desemprego”, explica Edelson Figueiredo, diretor de Saúde do Sindicato.

O crescimento da informalidade torna a situação do trabalhador ainda mais grave, pois nestes casos, ele não possui sequer os direitos garantidos pelo INSS, pois não possui carteira assinada e a empresa lava as mãos para a saúde do “prestador de serviços”.

Números assustadores

Segundo números do Anuário Estatístico da Previdência Social (Aeps), o número de doenças do trabalho no Brasil saltou de 10.034 para 30.599, em 2020. O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, mantido pelo MPT em cooperação com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), apontam 571,8 mil acidentes em 2021, com 2.487 mortes ligadas ao trabalho. De 2012 a 2021, foram 22.954 mortes por acidentes no país.

“Na categoria é cada vez maior o número de trabalhadores vitimados por doenças do trabalho e cresce os casos de problemas psíquicos nos bancos, em função do assédio moral e da pressão gerados por metas desumanas”, acrescenta Edelson. .

A OIT instituiu, em 2003, a data em memória de 78 trabalhadores mortos na explosão de uma mina nos Estados Unidos, em 1969.

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