Gigogas ocupam Praia da Barra da Tijuca após rompimento de ecobarreira
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Waleska BorgesEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Rio - Uma ecobarreira do Itanhangá, na Lagoa da Tijuca, se rompeu na semana passada e, nesta terça-feira (19), gigogas já tomavam conta da Praia da Barra da Tijuca do espelho d'água desde o Quebra-Mar até as areias do Posto 1. Segundo o biólogo Mario Moscatelli, estima-se que de 50 a 70 toneladas de gigogas e lixo tenham chegado apenas nesta terça na praia da Barra.
"Na semana passada, as autoridades foram alertadas sobre o grande aporte de gigogas que vinham descendo das lagoas em direção à ecobarreira do Itanhangá. Nesta semana, as gigogas se acumularam na ecobarreira e segundo o que me foi informado, alguém ‘picotou’ em pedaços, um trecho da ecobarreira, permitindo que dezenas de toneladas atingissem a Praia da Barra junto de muito lixo", disse Moscatelli.
Ainda conforme o biólogo, um volume cinco vezes maior deste material poderá ainda atingir a Praia da Barra nos próximos dias. "Um impacto ambiental, de saúde pública e econômico para a cidade por conta de um ato criminoso", atestou Moscatelli
Por meio de nota, a Comlurb informou que está trabalhando nesta terça-feira na remoção das gigogas, que chegam na Praia da Barra da Tijuca, com uma equipe formada por 14 garis. "A Companhia iniciou às 16h a remoção mecanizada das plantas. Foram utilizados uma pá carregadeira e sete caminhões basculantes. A operação prosseguirá amanhã, em dois turnos, e vai durar até que toda gigoga seja removida", diz trecho de nota da companhia, lembrando que a Comlurb só remove as gigogas que chegam às areias das praias e não tem atribuição na lagoa.
Procurado, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ainda não se manifestou sobre o problema.