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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
No último sábado (9), milhares de pessoas foram às ruas protestar contra a alta da inflação e o custo de vida, os constantes aumento dos combustíveis e o desemprego no Brasil. O aumento da fome e da miséria e a corrupção no governo (Ministérios da Saúde e da Educação) também foram alvos de críticas. No Rio, manifestantes criticaram a política econômica do ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, pelo aprofundamento da recessão econômica nos três últimos anos sob a atual gestão. O ato público, sob o slogan “Bolsonaro Nunca Mais”, organizado pelas centrais sindicais, teve passeata da Candelária à Cinelândia, no Centro.
A categoria bancária marcou presença na manifestação que contou com a presença de dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio.
“Não há quem não esteja sentindo no bolso o tamanho dessa crise, que não tem como causa apenas a pandemia, que diga-se de passagem foi pessimamente gerida pelo governo e pelo negacionismo do presidente Bolsonaro. A política econômica de arrocho dos salários e redução da renda aprofundaram a recessão”, avalia o vice-presidente da Contraf, Vinícius de Assumpção.
Inflação de março é a maior desde 1994
Motivos para o povo protestar contra o governo Bolsonaro não faltam. A política econômica, após mais de três anos de governo, é um verdadeiro fracasso e quem paga a conta são os trabalhadores.
A inflação de março subiu 1,62%, acima do índice já alto de fevereiro (1,01%). O acumulado dos últimos 12 meses já chega a 11,30%, o índice mais alto desde 2003 e março deste ano teve a maior alta dos preços desde 1994, portanto, a maior dos últimos 28 anos. Os grandes vilões foram os transportes (alta de 3,02%), alimentos e bebidas (2,42%).
O tomate subiu 27,22% e a cenoura quase 32%. O gás de cozinha também ficou caro e voltou a subir, agora 6,57% e a energia elétrica 1,08%.
Além dos preços altos, o brasileiro sofre com a menor renda média em dez anos: R$1.378 nas regiões metropolitanas.