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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A nova diretoria da Contraf-CUT (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) foi eleita com 100% dos votos no último domingo, 3 de março, no 6º Congresso da entidade ante situações desafiadoras que foram debatidas nos três dias do evento realizado em São Paulo. A unidade foi apontada como fundamental para enfrentar os ataques do governo Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores e a recessão econômica e explosão inflacionária geradas pelo fracasso da política econômica do ministro Paulo Guedes. A campanha deste ano terá a missão ainda de proteger as conquistas da categoria agora para avançar com a eleição de um governo democrático e popular.
Foi debatida ainda a necessidade de inovar com novas estratégias da organização dos trabalhadores frente às transformações tecnológicas no mundo do trabalho. Uma das ações aprovadas no encontro para enfrentar estes desafios foi a criação de comitês populares em todo o Brasil (página 4).
“A eleição da nova diretoria da Contraf, fruto da unidade, é mais um passo para construir uma campanha salarial vitoriosa”, disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira.
Este ano serão realizadas negociações para a renovação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) de bancários e financiários, já que, a aprovada em 2020 válida por dois anos perde a vigência em 2022.
Moções aprovadas
A plenária aprovou ainda três moções: uma em defesa dos bancos públicos, outra em defesa da Petrobras e a terceira pela paz mundial.
O ano da virada
A presidenta reeleita Juvandia Moreira mostrou otimismo dizendo que, sim, é possível o povo brasileiro reverter esta situação de retrocesso para reconstruir o Brasil.
“O golpe contra Dilma e Lula não foi apenas um ação coordenada contra o PT e a esquerda e muito menos “contra a corrupção”, mas sim para criar uma agenda contra os direitos de toda a classe trabalhadora, a democracia e o Brasil. Quatro anos depois estamos aqui com grandes chances de eleger o presidente Lula e um Congresso Nacional comprometido com os trabalhadores para a reconstrução do nosso país”, destacou. Ao final, ficou emocionada ao anunciar que as mulheres representam hoje 43% da nova diretoria da entidade que preside, acima da cota mínima, uma luta de anos do movimento sindical e lembrou que as mulheres são mais da metade do eleitorado, estando nas mãos delas o destino do país.