Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Foto: Nando Neves

Para a reconstrução da democracia e do Brasil, delegados do 6º Congresso Nacional da Contraf-CUT, realizado nesta sexta-feira, 1º de abril, defenderam a unidade dos bancários e bancárias e destacaram a importância das garantias protegidas pela Convenção Coletiva de Trabalho.

Adriana Nalesso, presidenta da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa RJ) abriu sua fala saudando as mulheres e dos desafios da categoria.

“O primeiro desafio é derrotar o Bolsonaro e o projeto que ele representa, elegendo Lula e uma bancada forte para que nosso presidente possa governar”.

Ressaltou ainda a importância de a categoria defender a Convenção Coletiva de Trabalho e todas as garantias conquistadas.

“É bom lembrar que o sistema financeiro não viu crise nem mesmo na pandemia. Precisamos trazer a sociedade para a pauta da nossa luta”, disse parabenizando a todos os sindicatos que entraram para o programa “Basta”, de combate à violência doméstica contra a mulher.

“O terceiro desafio é pensar também este mundo do trabalho tecnológico que precariza as condições de trabalho, em que o trabalhador paga a um dono de aplicativo que ele nem conhece e não tem direitos”, criticou, alertando que há bancários migrando para plataformas digitais, sem direitos como a aposentadoria do INSS e aos tíquetes.

O lobby dos banqueiros

Adriana falou ainda que a categoria conquistou, mesmo num governo adverso, aumento real e preservação de direitos e criticou os banqueiros, “intransigentes e que fazem lobby em Brasília para tirar direitos da categoria que os bancos não conseguem extinguir nas mesas de negociação”, afirmou.  

União da categoria

O presidente da Federação dos Bancários do Rio e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), Nilton Damião, o Niltinho, disse que é uma satisfação muito grande fazer parte dessa unidade da categoria.

“Agora é a grande oportunidade não apenas de elegermos um novo presidente, mas toda uma classe política comprometida com os trabalhadores”, declarou, elogiando a unidade das correntes políticas no Congresso dos bancários e a todos que “colocaram de lado as vaidades e interesses pessoais nas federações e sindicatos”.

“Os interesses pessoais não podem estar acima dos coletivos”, concluiu Niltinho.