Quinta, 31 Março 2022 18:11

Com a greve do médicos peritos, segurados do INSS devem reagendar atendimento; veja como fazer

Mesmo com a nova data de assistência, o órgão ira considerará a data originalmente marcada como a data de entrada do requerimento, para evitar prejuízo financeiro aos segurados
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O Ministério do Trabalho e Previdência informou que os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que não foram atendidos em razão da greve dos médicos peritos federais deverão reagendar o atendimento pelo aplicativo Meu INSS.
Mesmo com a nova data de assistência, o órgão ira considerará a data originalmente marcada como a data de entrada do requerimento, para evitar prejuízo financeiro aos segurados.

Para reagendar o atendimento, o segurado deverá acessar o MEU INSS e realizar os seguintes passos:

1- Acessar aplicativo ou meu.inss.gov.br

2- Informar CPF e senha

3- Clicar em "Serviços"

4- Na aba "Benefícios", clicar em auxílio-doença

5- Clicar em "Perícia" e depois marcar "Remarcar Perícia"

6- Informar o número de documento

7- Reagendar atendimento

Para mais informações, os segurados poderão ligar para a Central 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h, no horário de Brasília.
Nesta quarta-feira, os médicos peritos cruzaram os braços e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. As paralisações têm sido feitas desde o início deste ano em razão de uma série de reivindicações feitas pela categoria. A principal delas é a recomposição salarial de 19,99%, assim como outros servidores públicos pedem o reajuste na remuneração.
Além disso, a categoria pede pela abertura imediata de concurso público para a recomposição dos quadros da carreira, cuja defasagem chega a 3 mil servidores, fim da “teleperícia” e de análises documentais como o “Docmed”, direito de feriados, pontos facultativos e recessos sem estar atrelado ao agendamento do INSS.
Também há o pedido de readequação das agências da Previdência Social que foram reabertas de modo precipitado e sem as condições sanitárias adequadas, distribuição igualitária de agendamentos entre os peritos de ambos os turnos (matutino e vespertino), reinstituição do controle centralizado dos agendamentos de todo o país, edição do decreto regulamentador da carreira, entre demais pontos.
Atualmente, há mais de 3,2 mil peritos ativos no Brasil, sendo que cerca de 2 mil deles têm agenda aberta diariamente. O vice-presidente da Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP), Francisco Cardoso, comentou sobre a aderência dos peritos nesta quarta. "Tivemos 70% de adesão no primeiro dia e vai subir nesta quinta-feira", disse.
Tentativas de negociação
Ao longo deste ano, a ANMP tem tido reuniões com o Ministério do Trabalho e Previdência para tratar sobre a pauta de reivindicações dos integrantes da carreira de perito médico federal. Segundo a associação, o encontro ocorreu após o governo ter cancelado a reunião com a diretoria da ANMP e, diante da manutenção e da iminência da greve, ter reconvocado a conversa oficial com os representantes.
"Apesar de essa ter sido a quarta reunião com os representantes da categoria, o governo manteve a mesma postura inerte, omissa e desrespeitosa que vem adotando desde o primeiro encontro, sem a demonstração de nenhuma providência efetivamente implementada para cumprir o acordo que havia firmado com a carreira", afirmou a associação.
A ANMP afirmou que o governo acreditou que iria desmobilizar a categoria, e que, segundo a associação, iriam adiar mais uma vez a adoção das medidas em relação às quais se comprometeram desde o início e a se eximir indevidamente das responsabilidades que assumiram perante os peritos médicos.
"Ao contrário do compromisso original, firmado após a primeira mobilização da carreira, o governo informou que já não atenderia mais todas as reivindicações da categoria e que pontos essenciais como o reajuste salarial e a promoção de concurso público seriam abandonados. A carreira possui exata noção da sua relevância e essencialidade e não aceitará mais esse tipo de tratamento vindo do governo. A categoria foi levada à greve geral pela postura inerte e desrespeitosa do governo e somente reavaliará a paralisação após a adoção de providências efetivas por parte da administração", afirmou a ANMP.

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