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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), se reuniram virtualmente na última segunda-feira (28) para debater temas da Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades, composta por integrantes da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS) da categoria bancária. O tema principal foi a questão das medidas de prevenção e combate à violência contra a mulher .
“A nossa categoria foi a primeira a conquistar cláusulas em acordo coletivo sobre igualdade de oportunidades e é a única a manter uma mesa permanente de negociações sobre temas sobre gênero, raça e orientação sexual. Um dos itens destacados neste encontro são as medidas de proteção as bancárias vítimas da violência doméstica”, explica a vice-presidenta do Sindicato do Rio, Kátia Branco.
Números do Dieese
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), apresentou um diagnóstico das condições do mercado de trabalho para as mulheres desde o início da crise sanitária no Brasil. Do terceiro trimestre de 2019 ao mesmo período de 2021, 1,1 milhão de mulheres haviam perdido o trabalho e o rendimento médio mensal delas sofreu queda de 2,9%.
A violência psicológica sofrida pelas brasileiras é também outro número alarmante: as denúncia de assédio moral subiu 187% no período.
“As mulheres são vítimas de toda a forma de preconceito numa sociedade machista e as negras sofrem ainda mais pois enfrentam preconceito por gênero e raça”, explica o diretor de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar.
Situação nos bancos
A Comissão de Diversidade da Fenaban apresentou dados sobre a ação das instituições bancárias em relação à violência doméstica contra a mulher. Nos dois anos do projeto, em média foram feitas 11 denúncias por mês de violência doméstica ou familiar. Nesse período, 273 mulheres foram atendidas pelo canal e tiveram encaminhamento para solução. Nos casos mais graves, 11 delas tiveram que ser transferidas de localidade para conseguirem viver em condição de segurança. A categoria bancária conquistou uma importante cláusula no Acordo Coletivo que prevê crédito especial para as bancárias vítimas de violência doméstica poderem se restabelecer em outra região, longe do agressor.
O movimento sindical aproveitou a reunião para cobrar um levantamento dos canais de ajuda de cada banco, pois há reclamações em algumas instituições bancárias de dificuldade na busca de ajuda e solução.
nco, inclusive para que instituições sindicais ajudem na divulgação do serviço.
Os representantes da CGROS também propuseram o retorno da periodicidade bimestral de reuniões da Mesa Temática, interrompida em decorrência da pandemia da Covid-19. Com a proposta aprovada, a agenda das próximas reuniões já está sendo organizada pelas duas partes.
Participou do encontro também a presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro) e diretora do Jurídico do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso.