Segunda, 28 Março 2022 10:41

Fresno e Lulu Santos protestam no Lolla: ‘fora Bolsonaro’ e ‘cala boca já morreu’

 

 
 

Manifestações no terceiro dia do festival enfrentam decisão do TSE, que proibiu o que chamou de ‘propaganda eleitoral’ depois que Pabllo Vittar e Marina declararam apoio a Lula

 Publicado: 28 Março, 2022 - 09h24 | Última modificação: 28 Março, 2022 - 09h25

Escrito por: Redação RBA

 REPRODUÇÃO
notice

As manifestações políticas voltaram a marcar o festival Lollapalooza neste domingo (27), com a apresentação da banda Fresno e seu convidado Lulu Santos, mesmo após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir o que chamou de “propaganda eleitoral”, depois que as cantoras Pabllo Vittar e Marina declararam apoio a Lula nos shows de sexta-feira.

Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno, soltou um “fora Bolsonaro!” no microfone neste terceiro dia do Lollapalooza, segundo reportagem de Caio Coletti e Pedro Henrique Ribeiro, no portal Omelete.

“Durante a canção ‘Fudeu!!!’, do disco mais recente do Fresno, o telão do show também exibiu o lema pedindo a saída do presidente do poder. A letra da música tem tons políticos, com versos como ‘o ideal fascista infiltrou seu núcleo familiar’”, destaca a reportagem.

O cantor Lulu Santos, convidado da Fresno, também se manifestou contra a decisão do TSE. “Como diz Carmen Lúcia, cala a boca já morreu, quem manda em minha boca sou eu”, declarou após cantar “Já Faz Tanto Tempo”, música que tem em parceria com a banda.

Segundo o UOL, ao final do show, após ele e a banda cantarem “Toda Forma de Amor”, música de Lulu, o cantor voltou a se manifestar e gritou “Censura, nunca mais”, sendo novamente aplaudido pela plateia presente.

Pedido do partido de Bolsonaro

A decisão do TSE divulgada neste sábado (26) atendeu a pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o partido, houve crime de propaganda eleitoral antecipada durante os shows de Pabllo Vittar e Marina, que declararam apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Lei Eleitoral, as campanhas começam oficialmente em 15 de agosto.

Na decisão, o ministro Raul Araújo, relator do processo, ressaltou que a Constituição Federal assegura a livre manifestação do pensamento, “a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. No entanto, os artistas mencionados no processo “fazem clara propaganda eleitoral em benefício de possível candidato ao cargo de Presidente da República”.

Mídia