EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Na última quinta-feira, 24 de março, foi celebrado o Dia Internacional pelo Direito à Verdade sobre as Violações dos Direitos Humanos e pela Dignidade das Vítimas. A data foi incluída no calendário brasileiro em 2018, pela Lei 13.605, de autoria da deputada federal Luíza Erundina (Psol-SP).
“Não podemos deixar no esquecimento o que a ditadura militar fez no Brasil, assassinando lideranças dos movimentos sindical e social, como o bancário e ex-presidente de nosso Sindicato dos Bancários, Aluízio Palhano Pereira Ferreira, além de impor prisões, tortura e exílio a estudantes, trabalhadores e políticos de oposição ao regime”, destacou o vice-presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Vinícius de Assumpção. O corpo de Palhano foi identificado em novembro de 2018.
Comissão da Verdade
A memória dos crimes cometidos pela ditadura começou a vir à tona através do livro Dossiê Ditadura, com informações sobre mortos e desaparecidos pelos militares de 1964 a 1985. A primeira versão da obra foi escrita ainda nos anos de 1970, em pelo auge do arbítrio, auxiliando a Comissão da Anistia, liderada pelo então senador Teotônio Vilela.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV), instituída pela Lei 12.528, de 2011, e instalada pela presidenta Dilma Rousseff no ano seguinte, foi a mais recente e importante ação para trazer à memória nacional, as atrocidades cometidas pelos “anos de chumbo”.
“Em tempos que o presidente da República faz apologia de torturador e da ditadura militar é muito importante trazermos ao conhecimento público os crimes cometidos pelos militares, especialmente para os mais jovens que não viveram àquele período de trevas. A democracia custou a vida de muitos brasileiros e brasileiras”, acrescenta Vinícius. O sindicalista lembra ainda que o bolsonarismo quer transformar os direitos humanos em algo pejorativo, como “defesa de bandidos”.
“Na verdade, Bolsonaro tenta criminalizar os movimentos sociais porque não sabe conviver com a democracia e a divergência de ideias e todo ditador não respeita os direitos humanos. Esta extrema-direita é uma ameaça real ao estado democrático de direito”, conclui Vinícius.