Rio - O Corpo de Bombeiros continua, nesta terça-feira (22), as buscas por
quatro desaparecidos no temporal que atingiu Petrópolis, na Região Serrana do Rio, no último domingo (20). A forte chuva voltou a provocar mortes e destruição na cidade, pouco mais de um mês após a maior tragédia que o município já sofreu registrar 233 mortos. Por conta da chuva do fim de semana, mais cinco pessoas morreram. O Governo do Estado enviou 180 militares para atuarem local, que conta ainda com o trabalho de caminhões basculantes, escavadeiras, retroescavadeiras, entre outros equipamentos.
No domingo, foram registrados 490 milímetros de chuva em menos de 24 horas em Petrópolis. Em fevereiro, foram 260 milímetros em 24 horas. De acordo com a Defesa Civil, duas pessoas mortas foram encontradas no Morro da Oficina, no Alto da Serra, área mais afetada no temporal de 15 de fevereiro. Outras duas na Rua Washington Luiz, onde uma outra pessoa foi resgatada com vida; a quinta morte foi registrada na Rua Pinto Ferreira, no bairro Valparaíso.
O Corpo de Bombeiros monitora 24 horas por dia as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos, enviando alertas por celular, por meio do número 40199, para as regiões em caso de riscos de deslizamentos ou inundações.
A Polícia Civil informou, nesta segunda-feira (21), que identificou quatro das cinco vítimas encontradas mortas. O quinto corpo ainda aguarda resultado do exame papiloscópico (coletado por digitais). De acordo com a instituição, a demora na identificação se dá pelo estágio avançado de decomposição do cadáver, o que fez os peritos suspeitarem que a vítima tenha falecido na tragédia do mês passado.
Ainda segundo a polícia, caso a identificação não seja possível, será feita outra coleta de material genético para confronto de DNA com familiares de outros desaparecidos. Os mortos foram identificados como Carmelo de Souza, Nelson Ricardo Ferreira da Costa, Jussara Belarmino Souza e Heloisa Helena Caldeira da Costa.