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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Itaú, Bradesco e Santander anunciaram o retorno dos bancários e bancárias, inclusive grávidas já vacinadas e pessoas com comorbidades ao trabalho presencial. “O Santander inclui até funcionários não vacinados contra a Covid-19 e quer que estes bancários assinem um documento assumindo a responsabilidade, para livrar a cara do banco.Uma temeridade”, disse o diretor do Sindicato Marcos Vicente. Embora os bancos falem em uma volta “voluntária”, a categoria teme que as os mais vulneráveis, como gestantes, sejam pressionados e constrangidos para voltarem a trabalhar nas unidades físicas.
O governo Jair Bolsonaro, para atender a ânsia das empresas por lucros, conseguiu aprovar no Congresso Nacional, a Lei 14.311/2022, que permite o retorno ao trabalho presencial de gestantes completamente vacinadas. Mas é bom lembrar que, apesar de ser a mais eficiente forma de preservar a vida, nem mesmo a imunização é garantia absoluta contra o contágio.
A vida vale mais
Os sindicatos e a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) já informaram aos bancos o repúdio das representações da categoria ao retorno presencial, especialmente de grávidas e pessoas com comorbidade.
“Já questionamos à Fenaban a respeito de nossa posição contrária ao retorno do trabalho presencial neste momento de pandemia e de riscos de novas variantes, especialmente as trabalhadoras grávidas e bancários com comorbidade”, disse o presidente do Sindicato José Ferreira.
“No caso das gestantes há um agravante porque os bancos estão colocando duas vidas em risco: a bancária e a criança”, adverte a diretora do Departamento Jurídico do Sindicato e presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Adriana Nalesso. O Sindicato chama a atenção para as orientações científicas, alertando que, ao contrário do que têm feito governos e empresas, ainda não é tempo de flexibilizar as medidas de proteção contra a Covid-19, especialmente em função das variantes.Os bancos estão alegando que seguem orientações do Ministério da Saúde e que o retorno de gestantes é “voluntário”. “Todo mundo sabe que essa história de retorno ‘voluntário’, na prática, não funciona nos bancos, que muitas vezes constrangem e pressionam os funcionários a voltarem para as agências ”, acrescenta Adriana.
Denuncie – Pressão, constrangimentos e abusos dos bancos devem ser denunciados ao Sindicato pelos telefones 2103-4121/4124/4172 (bancos privados) ou 2103-4122/4123 (bancos públicos).