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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Os consumidores começaram a pagar mais caro pela energia elétrica desde a última terça-feira (15): aumento de 17,39% da Enel e 15,53% nas residências atendidas pela Light. Os brasileiros já pagam uma das tarifas altas do mundo e o aumento joga por terra a balela dos economistas e governos neoliberais que sempre prometem tarifas mais baratas com a privatização dos serviços.
Trabalhador paga mais
As concessionárias cobram uma tarifa mais cara para os trabalhadores do que para empresas. Para as indústrias, o reajuste foi de 12,89% na Light e 15,38% na Enel. A primeira atende 4,5 milhões de consumidores e a segunda, cerca de 2,7 milhões.
“Esses aumentos e o preço já absurdo das tarifas de energia elétrica colocam por terra a balela de que a privatização ‘aumenta a concorrência’ e reduz as tarifas. Muito pelo contrário. As experiências, mundo à fora, revelam que nas mãos do estado estes serviços focam mais o aspecto social, atendendo regiões mais pobres e cobram preços menores até porque não há a preocupação com os bônus dos lucros para meia dúzia de executivos. Em muitos países desenvolvidos os governos reestatizaram os serviços”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT Vinícius de Assumpção.
Outro aspecto que causa indignação na população é o atual papel das agências reguladoras, que só atendem aos interesses das empresas privadas concessionárias, deixando o consumidor à deriva.
Refinaria privatizada
A Acelen, que comprou da Petrobras a Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, é outro exemplo de que privatizar custa mais caro para o consumidor. A empresa privada está vendendo a gasolina que produz em território baiano a um preço cerca de 10% maior do que ela vende esse mesmo combustível em Pernambuco, Alagoas e Maranhão.